Joãozinho nasceu no Cruzeiro, tinha em si enraizadas as carcaterísticas de toque de bola formidável e técnica magnífica oriundas do Cruzeiro Esporte Clube.
O jovem Joãozinho atuou com a camisa Azul 5 Estrelas em meados da década de 70 e por alguns anos na década de 80.
Seus dribles e suas jogadas maravilhosas eram shows à parte nos jogos do Cruzeiro, ao receber a bola na ponta esquerda, a torcida já ficava de pé para assistí-lo, assim como os súditos ficam de pé ante a passagem de um Rei, desta feita o Rei do gingado.
Foi um dos maiores nomes no esquadrão que encantou o país nos anos 70, tendo ajudado a conduzir o clube a 2 finais de Campeonato Brasileiro consecutivas. A primeira em 1974, na qual o time jogou por toda a campanha sem receber salários, e perdeu para o Vasco, para a CBD (que transferiu o jogo de Belo Horizonte para o Rio inexplicavelmente) e não bastasse isso para o ábritro Armando Marques (que anulou um gol alegando impedimento num cruzamento feito da linha de fundo e que resultou no segundo gol do Cruzeiro, marcado por Zé Carlos) e em 1975, na qual foi derrotado pelo Internacional por 1x0 em Porto Alegre.
Os seus dribles eram tão maravilhosos que costumavam deixar os marcadores estirados no gramado. Por diversas vezes, o técnico adversário substituía os marcadores do Travolta para poupá-los de tamanha humilhação.
Uma das vezes em que isso aconteceu foi em 1976, quando o Cruzeiro bateu o Internacional por 5x4 em Belo Horizonte, e o técnico Rubens Minelli trocou Cláudio Duarte por Valdir para tentar para o ponta-esquerda do Cruzeiro. Joãozinho fez uma partida inesquecível com a camisa do Cruzeiro, exibindo muitos dos seus mais famosos dribles sobre os jogadores colorados.
Joãozinho marca um de seus gols contra o Internacional no famoso 5x4 de 1976.O virtuosismo fazia parte deste genial jogador. Cruzamentos perfeitos, passes, armações e finalizações explêndidas faziam parte de seu repertório.
O atacante Joãozinho ficou destacado por um dos episódios mais conhecidos -se não o mais- da história do clube, um lance de pura malandragem, um gol magnífico, um gol que mudou a história do Cruzeiro, o gol do título de nossa primeira Copa Libertadores da América.
Cruzeiro e River Plate se enfrentaram para decidir quem era o melhor da América em 1976, no primeiro jogo em Belo Horizonte, Joãozinho deu mais um show sobre os portenhos, entre eles o ex-Cruzeiro, Roberto Perfumo. O jogo foi encerrado com goleada Celeste por 4x1, num baile de bola memorável no Mineirão.
Na 2ª partida em Buenos Aires, claramente prejudicado pela arbitragem, o Cruzeiro perdeu por 2x1. Mesmo com saldo superior o regulamento previa uma terceira partida.
O palco escolhido foi o Estádio Centenário de Santiago, no Chile, local onde a Seleção Brasileira foi bi-campeã do Mundo em 1962 ao derrotar a Tchecoslováquia. O Cruzeiro cedeu o empate após estar vencendo por 2x0, mas aos 43, Palhinha recebe o lançamento na meia-lua, depois de entortar o primeiro beque, sofre a alavanca. A certeza do gol de falta tomou conta do Cruzeiro, afinal de contas, o maior cobrador de faltas do mundo, Nelinho, iria fazer o gol do título. O próprio goleiro portenho, Landaburu sabia disso, colocou 8 homens na barreira e esperava operar um milagre. Nelinho ajeitou a pelota na marca e tomava distância para o tiro, até que todos foram surpreendidos por Joãozinho, o Bailarino bateu por cima da barreira, a bola morreu no ângulo do goleiro e o Cruzeiro foi campeão. Um gol espírita, que chegou a ser cômico, pois Nelinho já se preparava para chingar o companheiro pela molecagem. Ao chegar ao vestiário tomou uma bronca, do técnico Zezé Moreira, justamente por ter cobrado a falta que seria batida por Nelinho.
Outro gol notável de Joãozinho e que valeu o caneco foi em 1977, na famosa final do Campeonato Mineiro, em que Antônio Carlos Cerezzo, desrespeitou o campeão da América levando a taça para o vestiário após o primeiro confronto das finais. Joãozinho marcou o 3º gol na vitória por 3x1 na finalíssima contra o Galo, já aos 14 minutos da prorrogação.
Outro gol notável de Joãozinho e que valeu o caneco foi em 1977, na famosa final do Campeonato Mineiro, em que Antônio Carlos Cerezzo, desrespeitou o campeão da América levando a taça para o vestiário após o primeiro confronto das finais. Joãozinho marcou o 3º gol na vitória por 3x1 na finalíssima contra o Galo, já aos 14 minutos da prorrogação.
O futebol maravilhoso que o Cruzeiro apresentava, desde a década de 60 com Tostão & cia., foi reconhecido pela FIFA, que convidou o clube Celeste para uma excursão pela África em 1980, para que o futebol pudesse ser difundido em todos os continentes, e nada melhor do que o futebol arte do Cruzeiro, sinônimo de futebol brasileiro.
Neste mesmo ano de 1980, Joãozinho marcou um gol sensacional contra o Fluminense. Os tricolores perdiam por 2x1, mas estavam persistindo em busca do empate. Num contragolpe, Joãozinho arrancou pelo meio do campo, avançou em alta velocidade em meio à dois zagueiros, um destes ainda o tentou acompanhar, ao ver isso Joãozinho fez o corte para a esquerda, e então o goleiro saiu aos seus pés, ele então fez o corte para a direita, com a meta escancarada só teve o trabalho de colocar no filó, um dos mais belos gols do Gigante da Pampulha.
Nos anos 80 foi mais uma vez campeão estadual, após ajudar o Cruzeiro golear o Atlético-MG por 4x0 em 1984. Encerrou sua passagem gloriosa pela Raposa em 1986.
Foi um dos grandes injustiçados do futebol nacional, sendo convocado para a Seleção Brasileira poucas vezes. Jogador extremamente habilidoso, Joãozinho teve a carreira encurtada por causa da violência dos adversários. Atualmente, reside no bairro do Eldorado, em Contagem (MG), onde tem uma empresa de táxi.
Sobre Joãozinho:
''(...) Desconheço um jornalista, jogador, dirigente ou técnico de futebol e, até um analista que tenha feito uma descrição exata do que o Joãozinho representa para o futebol, para a Seleção Brasileira e para o povo. Talvez sua mulher fosse mais coerente e feliz para definir o que é o João. (...)
(...) Liberdade para jogar seu futebol antitático, que desequilibra, que é do passado, uma reencarnação do Garrincha, que ninguém acredita que possa voltar de outra forma, na forma de Joãozinho. Um futebol que faz falta à Seleção Brasileira, que acaba com a frustração do povo que gosta de eleger um ídolo que mate a sua fome. (...)"
José Reinaldo de Lima, Ex-centro avante do Galo.
Feliz daqueles que viram Joãozinho jogar, a estes coube ver de perto a melhor concepção do futebol arte. Um jogador de uma categoria notável, de uma capacidade de driblar enorme e maior ainda de dar alegria ao povo. Joãozinho foi um empreiteiro no crescimento do Cruzeiro, e mais ainda, com sua diversão ao jogar futebol, deixou mais felizes milhares de corações Celestes.
Nome: João Soares de Almeida Filho
Data de Nascimento: 15/02/1954, em Belo Horizonte (MG).
Quando jogou: 11 anos (73-81/82-86)
Títulos pelo Cruzeiro:
Copa Libertadores da América 1976;
Campeonato Mineiro: 1973, 1974, 1975, 1977 e 1984.
11º Maior Artilheiro da História do Cruzeiro com 116 gols em 479 jogos (7º Jogador que mais vestiu a camisa Celeste).
Joaozinho
ResponderExcluirEu vi este jogar quando a bola ia em direção dele toda a torcida levantava inclusive a adversaria já sabiamos que ele ia fazer covardia com os marcadores, sempre estou com ele EUA. todos são apaixonados com ele por sua simpatia e humildade.
Só a diretoria do cruzeiro não reconhece que Joaozinho, foi e sempre sera o que mudou a historia do cruzeiro com aquela copa da libertadores, Cruzeirenses vamos fazer uma campanha diretoria do cruzeiro honre este patrimonio nosso. Joaozinho é nosso patrimonio
Um dos gols mais lindo que já vi e gostaria de rever CRUZEIRO 3 e fluminense 1 não lembro a data, JOAOZINHO pega a bola no meio campo dribla 4 e faz um golaço já era mais de 40 do segundo tempo, por favor me indiquem onde posso rever este gol.
ResponderExcluirJoão,
ResponderExcluirachei o vídeo, e pra melhorar, tem a narração do Mais Vibrante do Brasil, Alberto Rodrigues.
http://www.youtube.com/watch?v=8KgOITSHtlA
Espero que tenha gostado do nosso blog.
Obrigado pela visita.
MEU AGRADECIMENTO PELO CARINHO,JOAOZINHO
ResponderExcluirESTOU AQUI HOJE EM BOSTON COM MEU AMIGO WILTON, CURTINDO UM VINHO GELADO,SABOREANDO UM CHURRASCO GOSTOSO E ME EMOCIONANDO COM TANTAS PALAVRAS MARAVILHOSAS.FICO BASTANTE AGRADECIDO,SATISFEITO QUE TANTO POSSO TER CONTRIBUIDO PELO MEU TIME DO CORACAO E EMPOLGADO QUE TANTOS POSSAM HOJE SE EMOCIONAREM COM MEUS DRIBLES E JOGADAS.AGRADECO DO CORACAO PELOS ELOGIOS E COMENTARIOS.GRATO JOAOZINHO
ResponderExcluirObrigado Wilton! Os elogios são o mínimo, em comparação com a maestria dos dribles.
ResponderExcluirUm abraço.
Joãozinho meu amado Irmão, juntamos alguns amigo para resgatar sua vida no esporte, olha este é só o começo, fizemos um Orkut para você é Joãozinho ex.jogador do cruzeiro.
ResponderExcluirSeu irmão Pastor Washington
eu tive o privilegio e me deliciei c as gdes jogadas e dribles discocertantes coitado do alves do athetico ate hj deve esta c as colunas impenadas joao foi o maior intortador de beques parabens vç e a pura alegria do fut arte da maladragem do fut moleque de seu adimirador dimas guerreiro teofilo otoni mg tel 3388488980
ResponderExcluirContra o Alinaça de Lima recebe a bola na lateral esquerda leva até o outro gol e marca, pena que não tem registro.
ResponderExcluirContra o Alinaça de Lima recebe a bola na lateral esquerda leva até o outro gol e marca, pena que não tem registro.
ResponderExcluirPerdoem-me a minha imodéstia mas julgo, orgulhoso ter inspirado um gol do Joãozinho. Era uma tarde de domingo, 1981 ou 1982, não me lembro bem. Estava no Mineirão com primos e um tio. Na parte encoberta das arquibancadas, lado esquerdo do ataque estrelado. A raposa batia o coelho por 3 X 0. Escanteio para o Cruzeiro. Mineirão num silêncio abissal. Joãozinho se prepara para cobrar e corro para junto do alambrado. O craque está muito perto… Não resisto: “direto para o gol, Joãozinho”. Joãozinho, de soslaio, sorri. Corre com elegância e bate de trivela. Não precisa falar mais nada: a bola cai macia, lá junto a forquilha onde a coruja dorme. Até hoje, para vencer a insônia, deixo-me acalentar pelo balanço do Mineirão após o gol olímpico do Joãozinho naquela tarde. Obrigado, seu João!
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