domingo, 21 de fevereiro de 2010

Visão de Lince: Atlético-MG 1x3 Cruzeiro

Clube Atlético Mineiro 1x3 CRUZEIRO ESPORTE CLUBE

Atlético-MG: Carini; Coelho, Werley, Jairo Campos e Leandro; Jonílson (Marques), Correa, Renan Oliveira (Obina) e Ricardinho (Júnior); Muriqui e Diego Tardelli.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Cruzeiro: Fábio; Jonathan, Gil, Leonardo Silva e Diego Renan (Pedro Ken); Elicarlos, Marquinhos Paraná, Henrique e Gilberto (Roger); Thiago Ribeiro (Bernardo) e Kléber.
Técnico: Adílson Batista.

Gols: Gil aos 22 e Jairo Campos aos 30 minutos do primeiro tempo. Leonardo Silva aos 37 e Roger aos 43 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Coelho, Leandro, Jairo Campos e Jonílson (Atlético-MG); Kléber (Cruzeiro).

Público: 41.591 (pagantes). Renda: R$: 988.227,00.
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 20/02/10.
Árbitro: Renato Cardoso da Conceição (MG).
Auxiliares: Guilherme Dias Camilo (MG) e Jair Albano Félix (MG).

Motivo: 6ªRodada do Campeonato Mineiro Módulo I.

As torcidas compareceram em peso para o confronto entre Cruzeiro e Atlético-MG ontem no Governador Magalhães Pinto, com nítida vantagem celeste, já constatada desde a venda antecipada de bilhetes. Vantagem não apenas numérica, mas no espetáculo. A torcida da capital, mais uma vez, deu show na torcida do time da região metropolitana de Belo Horizonte.
E não bastasse a maioridade numérica e de empolgação, uma chacota histórica. A torcida Celeste realmente aderiu à "Campanha das Flanelas" e milhares delas foram vistas ontem no Mineirão, "homenageando" aos atleticanos, que nos prestaram o tão nobre serviço de guardar a vaga para a Libertadores 2010. O clássico (para alguns ex-clássico) do mosaico das flanelas, será eternamente lembrado, como o dia que os atleticanos foram humilhados no estádio, e que o Brasil todo viu.

Milhares de flanelas, fazendo alusão ao cargo atleticano.

O Mineirão também esteve colorido de laranja.

Vanderlei Luxemburgo mostrou respeito e temeridade à superioridade Celeste, pois, pela primeira vez na temporada não escalou o Atlético Mineiro, com três atacantes. Além disso, treinou seu time para jogar de contra ataque, com todos os onze jogadores atrás da linha do meio-campo, esperando que o Gigante Azul viesse pra cima, e para que assim, o time inferior do Galo tivesse oportunidades. Temos que respeitar sua tática, pois ela funcionou bem.
O Cruzeiro começou quente, aos três minutos, Kléber fugiu de seu marcador, recebeu "frente ao caldeirão do diabo" e atirou colocado, mas a pelota saiu pela última linha, com grande perigo.
Gilberto iniciou jogada de contra ataque, ainda na intermediária, fez um lançamento longo e perfeito da esquerda para a direita, Jonathan recebeu, cruzou à boca da meta, onde o próprio Gilberto apareceu como centro-avante, mas jogou pra fora, após a cabeçada.
O Atlético Mineiro deu a resposta, numa incrível marca de cinco escanteios seguidos, todas as bolas rebatidas pela zaga cruzeirense, sem maiores dificuldades.
Num contra-golpe atleticano, aos 11, um passe longo à Diego Tardelli, em meio a um buraco na zaga Azul, Fábio saiu da área para tentar tirar a bola, mas Tardelli chutou por cobertura, e ia fazendo um golaço, até que o xerifão Leonardo Silva, tirou dando uma meia-bicicleta, e salvando a pátria Celeste. Os zagueiros começavam a brilhar.
E aos 22 minutos, Gil brilhou mais ainda. Gilberto cobrou bem o corner lá na ponta esquerda, Gil chutou pro gol, a menina bateu no peito de Leandro, enganou Carini, e balançou o capim.
Muriqui, por boa parte do jogo, atuou totalmente livre às costas de Diego Renan, até que Adílson corrigiu a situação colocando Elicarlos para colar nele. No entanto, nem sempre Elicarlos levou a melhor, mas tampou o buraco na esquerda da defesa Estrelada.
Oito minutos depois do gol do Cruzeiro, e outro beque brilhou. Jairo Campos que fez excelente partida, marcou o gol do empate. Coelho cobrou bem uma falta na intermediária, bem próximo à linha lateral, Tardelli tentou roçar de cabeça (e estava em posição ilegal, uma vez que participou da jogada, caracterizava IMPEDIMENTO), mas foi Jairo Campos quem desviou de cabeça, Fábio fez milagre, mas no rebote, o próprio beque atirou cruzado para empatar. Vale lembrar também a desatenção do Cruzeiro, primeiramente por que Thiago Ribeiro, que estava no ataque, recuou mal uma bola, que sobrou para o Galo, e Paraná viu-se obrigado a cometer a falta que originou a jogada do gol, e também pela defesa por não marcar Jairo no primeiro desvio, que Fábio salvou, e no rebote, nenhum jogador sequer o cercou para evitar o gol.

Tardelli (circulado em azul), participou da jogada e estava EM IMPEDIMENTO. Note que o bandeira está conversando com Luxa.

Também deve-se salientar, que Kléber foi pisado maldosamente por Werley dentro da área, o que significaria penalty para o Cruzeiro e expulsão para o jogador alvinegro.
O Galo ainda teve chance de virar no primeiro tempo, Leandro recebeu na lateral canhota, e fez um cruzamento ou um tiro à gol, Fábio se esticou todo para desviar e a redonda sobrou para a zaga. Terminada a primeira etapa eletrizante, em 1x1.
Adílson fez uma troca no intervalo, sacou Diego Renan, que estava perdido em campo e colocou Pedro Ken, para tentar frear as tentativas atleticanas.
O Atlético-MG voltou bem na etapa complementar, e logo aos três minutos, Diego Tardelli, livre, escorou um cruzmento da esquerda e marcou o segundo gol do Atlético Mineiro, no entanto, o bandeira Jair Albano Félix assinalou umpedimento erradamente. Ficaram elas por elas.
Aos 14, um cruzamento da direita, e Muriqui, totalmente solto, escorregou e perdeu um gol na pequena área. O alvi-negro de Vespasiano estava bem na partida, isso se deve ao fato da demasiada ineficiência ofensiva do Cruzeiro, pois Gilberto caiu muito de produção, juntamente com a ótima marcação do Galo, muitas vezes homem à homem. A Raposa chegava com a bola no pé até o meio-campo, mas não conseguia fazer ligação com o ataque, perdia a bola, e fazia o que o Galo queria: dava a chance para o contra ataque.
As coisas se inverteram após as alterações dos dois times, Luxa colocou Obina na vaga de Renan Oliveria, já Adílson tirou Gilberto, que estava apagado em campo, e colocou Roger.
Como todo time que tenta bater de frente contra o Cruzeiro, e ainda mais com a audácia de colocar três atacantes, o Atlético Mineiro perdeu o controle do jogo. Aos 33, Roger fez um lançamento sensacional para Thiago Ribeiro, ele correu muito e bateu de primeira, de chapa, mas a bola saiu.
Quatro minutos depois, jogada iniciada por ele, e Marquinhos Paraná ganhou o corner lá na extrema canhota. Roger, mostrou que tem estrela, cobrou muito bem, onde apareceu o capitão Leonardo Silva, que já está habituado a fazer gols no Galo, deu uma chifrada na pelota, que beijou as malhas da cidadela atleticana, e "fez chover na horta do Cruzeiro".

Com 2x1 no marcador, o Cruzeiro tornou-se senhor da partida, e era sua vez de esperar a inicativa atleticana. Marques entrou na vaga de Jonílson, o Atlético Mineiro teve a soberba de usar quatro atacantes, e não deu outra. Roger apanhou a bola na intermediária, "tinha bala na agulha", atirou colocado no ângulo esquerdo de Carini, e então mais uma vez "foram desfraldadas as bandeiras do Cruzeiro", pois tinha "peixe na rede do Atlético", como gostava de dizer o saudoso Waldyr Amaral.
A comemoração foi sensacional, Roger arrancou a cabeça do Raposão, e ele mesmo a colocou, fazendo a festa junto com a torcida, que vibrava em êxtase. Circulam boatos de que Bernardo pegou uma flanela de um torcedor na comemoração, no entanto não encontramos provas.
Luxemburgo foi alvo da gozação da maioria dos cruzeirenses, que não se esqueceram de Obina, do falastrão Kalil, e do vovô Marques. A torcida, ironicamente, cantou o "hino atleticano": "Vou festejar". Fazendo lembrar o 5x0 de 2008, onde em meio às ironias, surgiu o famoso "Parabéns a você", em decorrência do centenário atleticano.

Mais uma vitória do Cruzeiro contra o Atlético-MG, e mais uma vez com o dedo e a estrela de Adílson Batista. O técnico Celeste, comandou a Raposa em nove vitórias, dois empates e uma derrota (com o time de juniores e reservas, em 12 de julho, três dias antes do Minerazzo).
Do outro lado, a choradeira de sempre, Luxa reclama do gol mal anulado, no entanto, esquece-se de que Jonílson poderia ter sido expulso, esquece-se de que o primeiro gol do Atlético-MG foi irregular, esquece-se de que Kléber foi covardemente agredido por Werley dentro da área, jogada que culminaria em penalty e expulsão do atleticano. Então Vanderley, Kalil, Caixa, e torcida de Vespasiano, vão chorar na cama que é lugar quente. Ou então, vão se preparando para viajar para o Acre, onde irão enfrentar o poderoso Juventus do Acre, na Arena da Floresta, enquanto isso, nós aguardamos a próxima vítima: o Colo Colo, pela Copa Libertadores da América.
Bela vitória da Raposa, no clássico das flanelinhas, e surgem boatos de que o Galo está guardando a vaga no G-8 para o lanterna Ituiutaba.

"Ei flanelinha! / Eu já sabia que essa vaga era minha!"

Fábio: Operou milagre no lance do gol do Galo. Bem quando exigido. Desde 29/04/2007 não perde para o Atlético Mineiro.

Jonathan: Boa opção ofensiva pela lateral direita. Chegou bem ao ataque quando teve oportunidade.

Gil: Atuação segura. Premiado com um gol.

Leonardo Silva: Excelente partida, desarmes perfeitos, salvou um gol certo e deixou o seu. Muito bom.

Diego Renan: A exemplo do jogo contra o Vélez, pareceu sentir a pressão de um jogo badalado. Deixou bastante espaço às costas, corrigido apenas após a orientação de Adílson a Elicarlos, para que este fizesse a cobertura.

Elicarlos: A exemplo dos jogos contra o Vélez e contra a Caldense, atuou muito bem mais uma vez. Novamente um Leão em campo. Como erro grave, apenas uma bola atravessada na linha de zaga, na qual Muriqui desperdiçou.

Henrique: Atuou discretamente, e não chegou tanto ao ataque. Importantíssimo na marcação.

Marquinhos Paraná: Ditou o ritmo do jogo. Falar dele em jogos contra o Galo, é chover no molhado.

Gilberto: Começou bem a partida, armando bem, distribuindo passes e lançamentos, bons dribles. Depois se perdeu no jogo, na etapa complementar ainda mais.

Kléber: Muito marcado, às vezes por três jogadores. Fez o que pôde, chamou faltas, e conseguiu que jogadores atleticanos fossem amarelados. Pouquíssimas conclusões a gol.

Thiago Ribeiro: Correu barbaridade, inclusive para ajudar na defesa. Errou feio ao recuar mal uma bola na intermediária, em que Paraná viu-se obrigado a fazer falta, e que levou ao gol do Atlético-MG.

Pedro Ken: Entrou ligado no jogo, bem defensivamente.

Roger: Dispensa comentários. Cobrou muito bem o corner que gerou o gol de Leonardo Silva, e fez um golaço. Será importantíssimo na temporada.

Bernardo: Pouco tempo em campo.

Tec.: Adílson Batista: Não é novidade ele brilhar em clássico. A entrada de Roger foi crucial para a vitória. Seu time atuou com uma eficiência tática incrível.

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