quinta-feira, 20 de maio de 2010

Visão de Lince: São Paulo 2x0 Cruzeiro

São Paulo Futebol Clube 2x0 CRUZEIRO ESPORTE CLUBE

São Paulo: Rogério Ceni; Alex Silva, Miranda (Xandão) e Richarlyson (Jean); Cicinho, Rodrigo Souto, Hernanes, Marlos e Junior Cesar; Dagoberto (Fernandinho) e Fernandão.
Téc.: Ricardo Gomes.

Cruzeiro: Fábio; Jonathan (Thiago Heleno), Gil, Leonardo Silva e Diego Renan (Elicarlos); Fabrício (Wellington Paulista), Henrique, Marquinhos Paraná e Gilberto; Kleber e Thiago Ribeiro.
Téc.: Adílson Batista.

Gols: Hernanes, aos 23 minutos do primeiro tempo; Dagoberto, aos oito do segundo.
Cartões amarelos: Richarlyson, Dagoberto, Alex Silva, Rodrigo Souto (SP), Marquinhos Paraná (CRU) .
Cartão vermelho: Kleber (CRU).

Público: 52.196 pagantes. Renda: R$: 2.871.619,25.
Local: Estádio Morumbi, em São Paulo (SP). Data: 19/05/10.
Árbitro: Jorge Larrionda (FIFA-URU).
Assistentes: Pablo Fandiño (URU) e Mauricio Espinosa (URU).

Motivo: 2ªPartida das Quartas-de-final da Copa Libertadores da América.

O Cruzeiro foi preparado para fazer o resultado em São Paulo. Era evidente, no semblante dos atletas, que era possível a vitória, em pleno Morumbi. E realmente, era.
Todavia, todo o esquema de Adílson, o ímpeto do time, e também da torcida, foram por água abaixo, logo após a primeira volta do ponteiro.
Kléber -sempre ele- foi imprudente, e acertou a mão no rosto de Richarlyson. Lance para amarelo, mas que o árbitro uruguaio, puniu severamente com vermelho, um absurdo. Kléber, devia ter sido mais consciente, uma vez que, já é jogador "marcado" em toda a América.

O São Paulo, que não tinha nada com isso, passou a jogar ainda mais tranquilo. Logo aos 5, Marlos recebeu livre na direita, e atirou para a meta, mas o arqueiro Fábio, executou a defesa.
E, apesar da desvantagem numérica, o Cruzeiro demonstrou raça, inegavelmente, e chegou a conseguir algumas investidas ao ataque -sem grande perigo, é verdade-, mas não passou pela melhor defesa das Américas. E precisaria fazer isso, pelo menos duas vezes.
Com o nervosismo, e o baque, pela expulsão, o Cruzeiro foi se perdendo em campo. Até que o São Paulo, numa ótima jogada de Júnior César pela canhota, driblando a Jonathan e a Henrique, conseguiu cruzar para trás, e Hernanes, mandou a bomba, abrindo o marcador, com 23 minutos de luta. Só um milagre tiraria o São Paulo das semi-finais.

O tricolor do Morumbi, passou a administrar a partida, e o Cruzeiro ficou totalmente desmantelado com o gol. Fábio operou milagre, numa cabeçada à queima roupa de Miranda, após cobrança de corner pela esquerda.
Adílson sacou Jonathan, que sentia contusão, e colocou o beque Thiago Heleno, para frear o adversário pela direita. Thiago Heleno, está mostrando que está se recuperando, e não está mais naquela condição péssima, em que se apresentou em várias oportunidades.
O São Paulo seguiu pressionando, procurando o segundo gol, mas não foi feliz. Ao Cruzeiro, restava jogar com dignidade sem se entregar, apesar da situação tão adversa.
No meio-campo Celeste, Fabrício estava irreconhecível. Henrique fez algumas boas jogadas individuais, mas se perdeu junto com o time. Paraná, foi um dos poucos que mostrou lucidez.
Já Gilberto, fez o que pôde, mas ficou confuso com o posicionamento em campo, depois da expulsão do Gladiador.

Na etapa complementar. Adílson sacou Fabrício e colocou Wellington Paulista, em seu posto. O Cruzeiro entrou para a segunda etapa, decidido a continuar honrando a camisa. E foi pra cima buscando o ataque, era a esperança da torcida que ainda estava viva. Contudo, mais uma vez, parou na fortaleza são-paulina.
A Raposa, apesar de começar o segundo tempo, de forma mais incisiva, permitiu aos paulistas definir a classificação às semi-finais, logo aos 8 minutos. Júnior César lançou à área, Fernandão escorou, e Dagoberto, tocou por cima de Fábio, Gil tentou salvar, mas a pelota beijou as malhas da cidadela belo-horizontina.
Daí pra frente, o São Paulo esperava o fim do jogo. O Cruzeiro, moderadamente, tentava alguma coisa, mas já não tinha forças, e acabou por sair de campo derrotado e eliminado. A Raposa, terminou a competição de forma elegante, sem agredir os jogadores adversários. Perdeu na bola.

Uma eliminação, diríamos, muitíssimo inesperada. Pois, o escrete Azul, de longe, apresentava o melhor futebol dentre os brasileiros, na Libertadores. A própria imprensa bairrista, de São Paulo, colocava os mineiros como favoritos. Mas, favoritismo não vence jogo.
O São Paulo veio a Belo Horizonte, fez uma grande partida -com contribuição da sonolência Celeste em alguns intantes-, e voltou para casa com um pé nas semi-finais.
Kléber, foi um dos vilões da desclassificação. Mas, é imprudente ficar imaginando o que poderia ter acontecido. O que nós sabemos, é que o time de 2010, estava bem preparado para ser campeão da América, e infelizmente, deixou a Taça esvaecer de suas mãos.
Como disse Adílson na coletiva: "(...) são coisas do esporte (...)". E são mesmo. O São Paulo, com eficiência, soube parar o rolo compressor Azul, e agora, ganhou ânimo extra para tentar o Tetra.

A derrota ontem, não pode ser atribuída ao treinador. Qualquer time, "se desmancha" em campo, após uma expulsão com um minuto de partida. Adílson, errou em Belo Horizonte, ao colocar Fábio Santos e não sacar Gilberto. Já no Morumbi, fica isento.

A diretoria, essa sim, merece críticas. Porque, há quatro temporadas, o Cruzeiro não tem uma dupla de zaga confiável.
Em 2007, no Campeonato Brasileiro, a defesa foi uma peneira, mas com um ataque poderoso, classificou-se à Libertadores 2008. Libertadores 2008, que Espinoza e Thiago Heleno, nos fizeram o favor de ficar olhando Palermo, Palácio e Riquelme jogarem livres no Mineirão, e fomos eliminados, no clássico com o Boca Júniors. Na Libertadores 2009, o Cruzeiro entrou em campo em 15 de julho, contra o Estudiantes, sem sequer UM (acreditem!), UM zagueiro no banco. E com apenas UM em campo, porque à época, Thiago Heleno estava lastimável.

Este ano, não foi diferente. Gil é fraquíssimo. Thiago Heleno, está se recuperando, mas está longe de ser unanimidade. O Cruzeiro, que teve um dos maiores (se não o maior) faturamentos, de sua história em 2009, contratou apenas um jogador decente: Roger. O resto, um bando de desconhecidos, comprados à preço de banana, por essa diretoria, que transformou o clube em um banco. E que segue a metodologia: "Comprar só quando inevitável, e o mais barato possível. Vender sempre.".
O time precisa se remodelar defensivamente, urgentemente! Contudo, a situação do elenco não é tão negativa. O Cruzeiro tem um bom time, um ótimo meio campo e ataque, dois laterais de potencial, e o melhor goleiro do país, um grande treinador também. Cabe ao senhor Presidente, trazer reforços, para o Cruzeiro ser CAMPEÃO BRASILEIRO, e não apenas lutar por Libertadores. Já são 6 anos sem um título decente. Uma torcida acostumada à títulos, não aguenta tanto jejum.

Vale agradecer à torcida, que compareceu em ótimo número, em toda a Libertadores, obtendo uma das melhores médias dentre todos os times.
Vale agredecer o empenho dos atletas ontem.
Vale agradecer à Adílson, pelo bom trabalho, e que colocou o Cruzeiro como 4ºmelhor do mundo.
"Vale agredecer" ao árbitro, por ter expulsado Kléber.
"Vale agradecer" à diretoria, que NÃO QUIS contratar Alex Silva.
"Vale agradecer" à Kléber, pela "prudência".

O Cruzeiro está fora da Libertadores 2010. O foco agora, tem que ser o brasileiro. É torcer para que o grupo não esmoreça.
E qualquer contratação que não seja de peso, daqui pra frente, é uma infâmia.
Estamos tratando do CRUZEIRO ESPORTE CLUBE! Queremos reforços, queremos títulos de verdade novamente!
Se a diretoria pensa, que ficarão no Cruzeiro, como Fidel em Cuba, estão muito enganados.

Neste final, convido à todos, a vestirem suas camisas hoje.

02 de janeiro de 2010: "(...) O Cruzeiro é um amor sem limites, que transcende a realidade. É a nossa alma, pois sem eles não sobrevivemos. É como o ar que respiramos, é como a mulher amada, é como o alimento que nos sustenta, é como o abraço que nos alenta, pois é simplesmente imprescindível, é simplesmente o Cruzeiro."

O Cruzeiro foi derrotado na partida de ontem e está fora da Libertadores, mas como diz o hino: "Tão Combatido, jamais vencido!"

Saluti Celesti.

Um comentário:

  1. "o sonho do TRI permanece vivo dentro do coração de cada cruzeirense"

    blograposaazul.blogspot.com

    saudações celeste

    ResponderExcluir