Téc.: Adílson Batista.
Nacional: Muñoz, Álvaro González, Lembo, Coates e Christian Núñez; Oscar Morales (Mauricio Pereyra), Raúl Ferro, Varela (Vera) e Calzada; Ángel Morales (Godoy) e Regueiro.
Téc.: Eduardo Acevedo.
Gols: Thiago Ribeiro, aos 7, 23 e 42 minutos do primeiro tempo; Regueiro, aos cinco minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Álvaro González, Alejandro Lembo, Godoy e Raúl Ferro (Nacional-URU).
Público: 32.254 pagantes (34.617 presentes). Renda: R$: 759.000,00.
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 29/04/10.
Árbitro: Héctor Baldassi (ARG).
Assistentes: Ricardo Casas (ARG) e Hermán Maidana (ARG).
Motivo: 1ªPartida das Oitavas-de-final da Copa Libertadores da América.
A Raposa deu um passo primordial rumo às quartas-de-final da Copa Libertadores. Terminasse vencendo por 3x0, já poderia ser considerada classificada. Todavia, o gol de Regueiro fez com que o time Uruguaio continuasse vivo no certame. Mas, convenhamos, foi um ótimo resultado e o Cruzeiro está muito perto da classificação.
Usando a receita que deu certo em 2009, ao fazer o jogo de ida do mata-mata em Belo Horizonte, o Cruzeiro não tomou conhecimento do adversário e foi pra cima como um rolo-compressor. Marcou 3 gols no primeiro tempo e saiu de campo ovacionado, ao proporcionar tão grande espetáculo na Pampulha.
O Cruzeiro contou com a volta de Fabrício na meiúca, este formou a trinca com Paraná e Henrique. E Fabrício foi primordial para a boa atuação no primeiro tempo. Apesar de um lance isolado, em que após um passe errado dele, o Nacional quase balançou o filó.
Jogando pelas laterais, o Cruzeiro encarou o Nacional, buscando o gol desde o primeiro minuto. Gilberto flutuava bem pelo meio-campo e fazia boas jogadas principalmente com Renan, pela esquerda.
E foi pela esquerda que nasceu o primeiro gol. Lançamento longo de Diego Renan, buscando o serelepe Thiago Ribeiro pela ponta esquerda, a zaga Uruguaia não executou o corte, e Ribeiro passou nas costas do beque e tocou sutilmente na saída do goleiro. Um belo gol, quando eram decorridos 7 minutos de luta, estavam "desfraldadas as bandeiras do Cruzeiro, choveu na horta da Raposa".
Com 1x0, o Mineirão virou um caldeirão. No balanço da torcida, o Cruzeiro seguiu incessantemente perseguindo o gol. Gilberto quase marcou, após um tirambaço, não fosse a grande defesa de Muñoz.
O meio campo do Cruzeiro, funcionava como por música. Fabrício, preciso nos desarmes, Paraná e Henrique, recebiam a bola e saíam rápido e com qualidade para o ataque. Gilberto voltou a jogar bem, articulando bem o jogo e distribuindo passes e lançamentos. Uma categoria que faz a diferença.
Na frente, Ribeiro corria pelas duas pontas, fazendo a defesa do Nacional ficar perdida, e Kléber voltava muito, até a intermediária do ataque, para atrair a marcação e abrir espaços para os volantes.
E os lançamentos era mesmo a recita da vitória. Fabrício avançou pela direita, e fez um cruzamento espetacular, na cabeça de Thiago Ribeiro. O atacante deu um chifrada na bola, e fez o segundo gol Celeste, aos 23. A estrela de Ribeiro resplandecia ainda mais nesta noite de Libertadores.
Ao abrir a vantagem de dois gols, o Nacional estava perdido em campo. E seu time tentava parar as investidas Celestes como podia, nas faltas duríssimas. Kléber novamente perseguido em campo, portou-se bem e não foi amarelado.
Fábio era um mero espectador da partida, não tendo sido exigido em nenhuma oportunidade. Jonathan esteve tímido no ataque, caindo às vezes pelo meio. Mas não tão ofensivamente como costuma ser. Diego Renan foi bem coberto em suas idas ao ataque, e as jogadas do adversário não apareciam às suas costas. Lá atrás, Leonardo Silva, esbanjando categoria, e Gil, esforço, não tiveram problemas para frear o ataque do Uruguai.
A defesa do Nacional, exaurida, não foi capaz de parar uma contra-pontada Celeste. Henrique arrancou pelo meio-campo, e após grande jogada, lançou espetacularmente para Ribeiro, entre os beques uruguaios, o atacante cabeceou para baixo, para ajeitar a bola, e bateu de pé direito no canto do goleiro. Fazendo o terceiro dele, e do Cruzeiro no jogo, igualando-se a Kléber como artilheiro da Copa Libertadores, com 7 gols. O Cruzeiro balançava o véu da noiva, pela terceira vez, com 42 minutos de luta.
A equipe Celeste saiu de campo com 3x0 e na volta para o segundo tempo, caberia apenas administrar.
Na etapa final, o Nacional voltou melhor organizado. E o Cruzeiro perdeu Fabrício, que sentiu o ritmo, e que deu lugar a Elicarlos, que há muito tempo não jogava. O Nacional também passou a jogar com mais um homem de frente, e a defesa azul ficou um pouco perdida. Tempo suficiente para os uruguaios diminuírem. Fábio salvou um gol certo, num lance cara a cara. E a defesa pôs à lateral, os nacionalinos seguiram pressionando, e um lançamento foi feito para a área, a zaga não rechaçou e foi então que, Regueiro na cara do gol, só teve o trabalho de colocar no fundo da meta, aos 5.
Um susto após o gol do Nacional, poi a defesa azul ficou baqueada. E o ataque não prendia a bola.
Até que, Adílson após gritar muito, conseguiu organizar a sua defesa, e parar a investidas uruguaias.
Assim, a Raposa retomou as rédeas da partida e buscava fazer mais um gol, para recuperar vantagem de 3 gols. O Nacional se defendia como podia, tentando evitar um desastre maior. Guerrón entrou no Cruzeiro, no posto de Gilberto, para imprimir maior velocidade, e aprontou os seus salseiros pela ponta direita. E a equipe Celeste quase fez mais gols, não fossem as defesas espetaculares do goleiro nos chutes de Renan e Guerrón. E as jogadas desperdiçadas pelo ataque azul.
Assim, o Cruzeiro leva a vantagem de 3x1 para o Uruguai. E desde que perca por um gol de diferença, ou por dois gols, uma vez que marque pelo menos 1, não será eliminado pelo Nacional.
O jogo em Montevideo será duríssimo. Mas, não vimos particularmente um grande jogador no time Uruguaio, que devesse ser temido pela defesa Azzurra.
A equipe brasileira, obteve grande vantagem, e já está com um pé nas quartas-de-final da Libertadores 2010, na qual busca resgatar o caneco que lhe esvaeceu.
Fábio: Assistiu o primeiro tempo. Na segunda etapa, não teve tanto trabalho, mas foi espetacular na oportunidade em que o atacante uruguaio saiu cara a cara com ele.
Jonathan: Não foi tanto ao ataque. Após a saída de Gilberto, ficou mais pelo meio, armando as jogadas. Não comprometeu na defesa.
Gil: Firme. Não brincou em serviço e espanou quando necessário.
Leonardo Silva: O melhor beque Azul, fez outra bela partida. E não foi envolvido pelos atacantes uruguaios. Rechaçou e desarmou eficientemente.
Diego Renan: Uma válvula de escape pela canhota, fugiu em bons lances, para o ataque em várias oportunidades, assistido por Gilberto. Quase marcou.
Fabrício: O Leão do Cruzeiro, tem a cara da Libertadores. Protegeu a defesa no primeiro-tempo, de forma que o Nacional praticamente não atacou. Saiu sentindo contusão.
Henrique: Há muito tempo um dos pilares do time Celeste. Dá uma dinâmica espetacular ao meio-campo. Faz lançamentos espetaculares e chuta muito bem a gol. Além de desarmar e tocar bem a bola. Está jogando afinadíssimo.
Marquinhos Paraná: Voltou a ser o Paraná que conhecemos. Jogou organizando a defesa, e tocando bem a redonda. É o motor do time. Deveria jogar usando smocking.
Gilberto: Outro que voltou a jogar bem. Apareceu tanto pela direita, como pela canhota. Fez bons passes e boas viradas de jogo. Não marcou, pois o goleiro fez grande defesa. Agradou.
Thiago Ribeiro: Uma noite de gala. Três gols numa noite, em Copa Libertadores não é pra qualquer um. Os zagueiros terão pesadelos com ele. Um movimentação espetacular e incansável no jogo. Importantíssimo na disputa do certame.
Kléber: Jogou mais recuado, para atrair a defesa adversária. Teve boas chances para marcar, mas as desperdiçou. Lutador como sempre, mas não tão eficiente.
Elicarlos: Mais um que voltou firme, após contusão. No começo da temporada, estava entre os destaques do time, e esperamos que volte a ser. Não comprometeu no meio-campo, apesar de ter começado perdido no início do segundo tempo.
Guerrón: Aprontou seus carnavais pela ponta direita. Precisa de ritmo de jogo, para sabermos como ele se comportará. É um jogador que a torcida tem esperanças e espera ver brilhar muito com o manto azul.
Téc.: Adílson Batista: Armou bem sua equipe. Dirigindo o escrete azul pelo terceiro ano na Libertadores, já tem a fórmula para jogar tanto em casa, como fora. Seu time foi dinâmico e chegou pelos dois lados, envolvendo a defesa adversária. Tem o melhor ataque da América, por contribuição de seu esquema tático.
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