Santos; Felipe, Pará (Felipe Azevedo), Eli Sabiá, Edu Dracena e Triguinho; Mancha (Róbson), Souto, Paulo Henrique Ganso e Madson; Neymar e Kléber Pereira (André).
Técnico: V. Luxemburgo.
Cruzeiro: Fábio, Jonathan, Gil, Leo Silva, Diego Renan (Kléber), Marquinhos Paraná, Elicarlos, Henrique, Fernandinho (Caçapa); W. Paulista (Thiago Heleno) e Thiago Ribeiro.
Técnico: Adilson Batista.
Gols: Wellington Paulista, 4 do primeiro tempo; Neymar, aos 15, Kléber, aos 30 .
Cartões amarelos: Leonardo Silva, Jonathan (Cruzeiro), Eli Sabiá (Santos). Cartão vermelho: Jonathan (Cruzeiro)
Cartões amarelos: Leonardo Silva, Jonathan (Cruzeiro), Eli Sabiá (Santos). Cartão vermelho: Jonathan (Cruzeiro)
Público: 6.942 pagantes. Renda: R$ 100.585,00
Estádio: Vila Belmiro, em Santos (SP). Data: 06/12/2009.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ).
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa/RJ) e Dibert Pedrosa Moisés (Fifa/RJ).
Motivo: 38ªRodada do Campeonato Brasileiro Série A.
A Raposa enfrentou seu mais antigo grande rival a nível nacional, o Peixe. Jogando na Vila mais famosa do mundo, onde desfilaram Pelé, Coutinho, Gilmar, Mengálvio, Pepe & Cia. Time que foi massacrado pelo esquadrão de Tostão, Dirceu, Natal, Raul, Hílton Oliveira entre outros, em 1966 no Mineirão, nosso campo. O Cruzeiro entrou em campo com um olho no Peixe e outro no PORCO, que enfretaria o Botafogo no estádio Engenhão no Rio de Janeiro.
A equipe Azul Estrelada começou a partida à todo vapor na baixada santista, e logo aos 4 minutos, numa boa trama que envolveu facilmente a defesa santista, Wellington Paulista recebeu dentro da área pela direita e mandou o foguete que foi parar na gaveta, restando apenas cumprimentar o goleiro Felipe.
Aos 5, praticamente uma reprise, mas o centro-avante não marcou o segundo porque Felipe operou um milagre.
Poucos minutos depois, mais uma jogada parecidíssima, mas o atacante Celeste, desta feita Thiago Ribeiro, chutou pela última linha.
Depois de um domínio soberano, o Cruzeiro cedeu campo ao Santos. O time alvinegro apossou-se da menina e foi pra cima do Cruzeiro e buscava o empate, no entanto, de forma não muito eficiente.
O jogo transcorria com a vitória Azul, mas que até então era insuficiente, pois Botafogo e Palmeiras empatavam por 0x0 no Rio de Janeiro. O Cruzeiro segurou o placar mínimo e levou a vantagem para o vestiário.
Na etapa complementar, Jonathan cometeu faltas imprudentes e acumulou 2 amarelos numa mesma partida, portanto foi para o chuveiro mais cedo, com apenas 15 minutos do segundo tempo.
Alguns minutos da etapa complementar no Rio de Janeiro, e outro time estrelado saía na frente. O também cruzeirense Wellington, acertou uma chifrada na meta de Marcos, e fez a galera do Botafogo e a do Cruzeiro ficar rindo a toa.
Mas o sorriso sumiu do rosto dos cruzeirenses quando após uma falha coletiva dos 4 zagueiros (entraram Caçapa e Thiago Heleno nos lugares de Fernandinho e Wellington Paulista), o Santos empatou através de uma cabeçada de Neymar.
Até que o iluminado Adílson Batista deu um checkmate em Vanderlei Luxemburgo (é repetitivo, mas devemos lembrar que não vencemos uma equipe treinada por este técnico desde que ele deixou a Toca da Raposa).
O técnico do Cruzeiro tirou Diego Renan, que estava tomando muitas bolas nas costas para colocar o Gladiador. E Kléber traduziu o que foi o Cruzeiro, um guerreiro, um lutador, um gladiador. Numa bola que parecia perdida na direita, após passe errado de Elicarlos, a recuperação e o lançamento à area. Onde estava Kléber, tão criticado Kléber, tão insultado Kléber, tão amado Kléber. A paixão é assim, e no futebol não é diferente, é composta por um misto de amor e ódio, e que teve o seu ápice quando o atacante chutou colocado no cantinho do goleiro Felipe, a bola foi mansinha e chorosa e morreu no fundo da meta alvinegra. A Libertadores estava cada vez mais próxima. E Kléber foi quem nos classificou e quem tirou o Palmeiras, rival que gerou tanta polêmica por sua relação com o jogador do Cruzeiro.
De quebra, o Cruzeiro foi juntamente com o Flamengo o time que mais fez pontos no returno (40) e teve a melhor campanha fora de casa (9 vitórias, 5 empates e 5 derrotas).
A partir daí, foi o coração no bico da chuteira, para espanar as bolas e segurar o 2x1. No Rio o Botafogo tinha feito 2x0 e a vaga na Libertadores da América estava garantida.
Como tem coisas que só acontecem ao Botafogo, aos 47 o Palmeiras descontou e a vaga passou a correr perigo, pois restavam 2 minutos de futebol. Os alvinegros acabaram por se safar da degola, juntamente com o pó-de-arroz (que nós ressucitamos).
O Cruzeiro enfrentará o Real Potosí agora pela primeira fase da Libertadores (ou pré-Libertadores, como dizem alguns) e se soma na Libertadores a São Paulo e Internacional, além do Flamengo que na tarde de ontem arrebatou o caneco ao vencer o Grêmio na Guanabara.
Ficou de bom tamanho a classificação em 4º, para um time que jogou 11 rodadas (mais de 1/4 do campeonato) com os reservas e sofreu com a perda da Libertadores em 15 de julho.
Devemos enaltecer ao trabalho de Adílson Batista, que com bravura, somada à dedicação total e estudo levou a Raposa a disputar a Libertadores pela terceira vez consecutiva.
Como disse hoje o presidente Zezé Perrella, devemos também agradecer ao nosso flanelinha, o Atlético-MG, que nos fez o favor de segurar nossa vaga.
Parabéns ao grupo e a imensa torcida Celeste, que teve o sonho do Tri adiado. Mas a classificação com aquele gol chorado ontem de Kléber não foi à toa, é sinal de que bons tempos virão.O continente clamava pela continuação do Cruzeiro na Libertadores, e em 2010, os jogadores entrarão "comendo grama", para honrar esta camisa banhada de sangue, suor e lágrimas, e que está no seleto rol dos campeões da América.
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