Visão de Lince: Colo Colo 1x1 Cruzeiro

Club Social y Deportivo Colo Colo 1x1 CRUZEIRO ESPORTE CLUBE

Colo Colo: Prieto, Cereceda (Quiroga), Scotti, Toro e Paulo Magalhães (Fuenzalida); Meléndez, Aránguiz (Graf), Macnelly Torres e Millar; Miralles e Bogado.
Téc.: Hugo Tocalli.

Cruzeiro: Fábio, Jonathan, Leonardo Silva, Gil e Diego Renan (Thiago Heleno); Fabinho (Fabrício), Marquinhos Paraná, Henrique e Gilberto; Thiago Ribeiro e Wellington Paulista (Roger).
Téc.: Adílson Batista.

Gols: Thiago Ribeiro, aos 12, e Millar, aos 15 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Aránguiz, Miralles e Meléndez (Colo Colo); Gil e Leonardo Silva (Cruzeiro).: Scotti (Colo Colo).

Local: Estádio Monumental, em Santiago (CHI).
Público e Renda: Não fornecidos.
Árbitro: Carlos Torres (PAR).
Assistentes: Milcíades Saldívar (PAR) e Carlos Cáceres (PAR).

Motivo: 6ªRodada do Grupo 7 da Copa Libertadores da América.

Defensivamente, o Cruzeiro foi ótimo no primeiro tempo. À excessão de alguns lances isolados, a defesa portou-se bem, e fez lembrar algumas partidas de 2009.
Quanto à tranquilidade, fez lembrar o jogo contra o São Paulo, no Morumbi, pelas quartas-de-final da Libertadores 2009. É evidente que o Cruzeiro não fez um primeiro tempo brilhante, como naquele histórico jogo em São Paulo, um dos mais belos de nossa história.
Quanto à atuação defensiva, fez lembrar algumas partidas do Campeonato Brasileiro 2009, como as vitórias contra Atlético-MG e Botafogo (ambas por 1x0, no Mineirão) e Corinthians (também por 1x0, mas no Pacaembu).
Adílson colocou duas paredes de 4 jogadores na defesa, em que seu meio-campo tomava a bola na maioria das investidas do Colo Colo, não deixando a defesa passar grandes sustos.
Jonathan e Diego Renan, ficaram mais presos, para que o Colo Colo não atacasse pelas pontas.
Na meiúca, a trinca de volantes funcionava bem. Fabinho, prostrado frente à zaga, e colado em Torres, ditava o ritmo da defesa. Paraná e Henrique não tiveram maiores dificuldades para desarmar os jogadores colo-colinos.
Todavia, Gilberto, novamente teve uma atuação fosca na primeira etapa. Não funcionou como legítimo armador, sendo que em muitas vezes, deu a impressão de que não estava em campo. Tanto que, Jonathan, mais uma vez, caiu pelo meio, para tentar armar o time.
O meio-campo do Cruzeiro estava muito ineficiente na armação, e como resultado, apesar dos espaços, o goleiro do Colo Colo não foi incomodado na primeira etapa.
No ataque, Wellington Paulista saiu muito da área. E assim, o Cruzeiro estava sem referência.
Thiago Ribeiro tentava levar o Cruzeiro à frente, mas jogou várias vezes isolado.
Para quem tinha a obrigação de golear para se classificar, o Colo Colo foi ineficiente. Fábio teve que intervir poucas vezes.


No segundo tempo, o Colo Colo foi com tudo pra tentar pelo menos a vitória. Já o Cruzeiro, adiantou sua marcação e sufocou a defesa chilena.
Aos 12 minutos, Diego Renan pela lateral esquerda, com um toque rápido para Gilberto, tirou dois marcadores da jogada. Gilberto recebeu e atrasou de primeira para Fabrício, e este lançou em devolução à Gilberto, num passe rasteiro e em linha reta, que matou a zaga do Colo Colo. O armador Azul,que estava correndo pela lateral esquerda -no espaço que Renan proporcionou ao tirar dois marcadores do lance-, recebeu próximo à linha lateral esquerda da área, ergueu com perfeição, e Thiago Ribeiro, de primeira, acertou um belo tiro cruzado, balançando as redes do Chile.
Um golaço, uma jogada que é reflexo do trabalho desenvolvido por Adílson, e também fruto do entrosamento desta equipe.
A marcação Celeste passou à pecar no segundo tempo, e naquele velho problema que parecia sanado, as costas da lateral-esqueda. Por ali, um lançamento foi feito à Millar, que em posição legal, penetrou pela área, e tocou na saída de Fábio, aos 15 de luta.
No lance seguinte, uma jogada idêntica, contudo, o disparo foi de Miralles, mas Fábio, fez grande defesa e evitou a virada.
Adílson resolveu o problema, sacando Diego Renan e colocando Thiago Heleno, para fehcar o buraco na zaga. E funcionou.
Roger entrou no meio-campo, e assim o Cruzeiro foi mais eficiente. Apesar de não ter criado grandes chances de gol.
Já na parte final do jogo, o jogador Scotti fez falta dura em Henrique, e recebeu o segundo amarelo. Com um a menos em campo, o Colo Colo praticamente abdicou de atacar, pois seria suicídio. O Cruzeiro, passou a ter muito mais espaço, pois os chilenos nesta altura do jogo, encontravam-se perdidos no jogo. Só que a esperada vitória de La Bestia Negra não ocorreu, devido à excesso de preciosismo e também por individualismo exarcebado.

Com o empate, o Cruzeiro firmou-se como o 2ºdo grupo 7, e como o melhor 2º colocado da Copa Libertadores da América. E iniciará o mata-mata em Belo Horizonte, receita que funcionou em 2009, contra o São Paulo (2x1 em Belo Horizonte, e 2x0 em São Paulo) e contra o Grêmio (3x1 em Belo Horizonte, e 2x2 em Porto Alegre).
Mais um passo foi dado, rumo ao resgate da Taça Libertadores. O Cruzeiro ainda espera pelo seu adversário. Mas não terá vida fácil, independente de quem enfrentará.
Voltam-se agora as atenções para o Campeonato Estadual, onde a perca do título é inadimissível e vergonhosa, mas dificilmente tamanha catástrofe acontecerá.


Fábio: Exigido logo após o gol do empate, neste lance, evitou a virada. Pouco exigido no restante do jogo.


Jonathan: Atuação discreta. Excesso de preciosismo. Quando caiu pelo meio, produziu bem.

Leonardo Silva: O capitão do time não pode levar um cartão amarelo infantil, como este levou. Todavia, na zaga, rechaçou bem às investidas chilenas.

Gil: Firme ao lado de Léo Silva, o meio-campo protegeu bem a defesa no primeiro tempo, e então não teve maiores trabalhos.

Diego Renan: Defendeu bem no primeiro tempo. Na etapa final, ao tentar o ataque, comprometeu a defesa.

Fabinho: Boa atuação. Está coordenando o sistema defensivo Celeste. Dificilmente perderá a vaga de titular.

Henrique: Esteve mais discreto, não chegou tanto ao ataque. Na defesa, não comprometeu.

Marquinhos Paraná: Guiou o meio-de-campo, recuperando bolas importantes e orientando aos companheiros.

Gilberto: Ruim no primeiro tempo. Evoluiu muito no segundo. Fez inclusive algumas jogadas pessoais, com competência.

Thiago Ribeiro: Muito isolado. Mas estava no lugar certo, na hora certa. Belo gol.

Wellington Paulista: Muito nervoso. Reclamando em demasia com o árbitro e com os assistentes. Jogou muito fora da área, então não teve grandes chances.

Fabrício: Um passe espetacular, paralelo à linha lateral, e que matou a defesa do Colo Colo.

Thiago Heleno: Concertou a marcação pela esquerda.

Roger: Esteve bem. Organizou melhor o time, e não errou sequer, um passe. É o homem para o meio-campo.

Téc.: Adílson Batista: Seu time foi muito bem na defesa, no primeiro tempo. O gol é fruto de seu trabalho e comprometimento. Precisa resolver de uma vez por todas, a questão da cobertura de Renan. Seu time jogou muito recuado no primeiro tempo, de forma que os atacantes poucas bolas recebram.