domingo, 2 de janeiro de 2011

Uma constelação que resplandece há 90 anos


2 de janeiro de 2011, aniversário do Cruzeiro. Simplesmente do Cruzeiro, não se precisa dizer que é o Cruzeiro Esporte Clube. Dizendo-se Cruzeiro, todos já sabem que é aquele time das 5 estrelas, aquele de camisa azul, aquele que impõe medo aonde vai, la Bestia Negra.
Sua camisa é sinônimo de tradição e de bom toque de bola. Com tantos times magníficos em sua história, o torcedor não aceita que o técnico tente colocar o time atuando como o Grêmio ou como o São Paulo tem tradição, o torcedor exige o toque de bola, marca maior da Raposa.
Parabéns à China Azul, pois além de ser o aniverário do Cruzeiro, hoje também é o Dia do Cruzeirense, que foi aprovado na câmara de Belo Horizonte.

Como ele foi concebido

O atual Cruzeiro foi fundado em 2 de janeiro de 1921 com o nome Societá Sportiva Palestra Itália. Nesta data estavam reunidos 76 participantes na extinta Casa di Itália, órgão que apoiava os imigrantes italianos de Belo Horizonte, localizada na Rua dos Tamóios.
A idéia de fundar o clube, surgiu na Casa Ranieri, na rua dos Caetés, local de reuniões dos esportistas italianos.
Solicitou-se ao Palestra de São Paulo (atual Palmeiras) que enviasse o seu estatuto, que foi integralmente aprovado no dia 2, incluindo-se o nome Societá Sportiva Palestra Itália.
Uma vez filiado à Liga Mineira, o Palestra entrou em recurso que contestava a formação da Primeira Divisão, onde apontava irregularidades em 4 clubes, que se registraram após o prazo estabelecido pela Liga. Um torneio eliminatório foi proposto entre estas equipes e as que teriam que jogar a segunda divisão, para que assim, fossem preenchidas as quatro vagas. A Liga aceitou o recurso, pós-assembléia, e o torneio foi iniciado em abril.
Aprovado o torneio, 13 jogadores do Yale Athletic Club, e 3 do Atlético, além de outros ,se transferiram para o Palestra.
A primeira partida ocorreu em 3 de abril de 1921, no extinto Estádio do Prado Mineiro, o Palestra bateu um combinado Villa Nova/Palmeiras de Nova Lima, por 2x0. O atacante Nani marcou os primeiros gols da história do Palestra.

SOCIETÁ SPORTIVA PALESTRA ITÁLIA 2 x 0 Combinado Villa Nova/Palmeiras de Nova Lima

Palestra Itália: Nullo; Polenta e Ciccio; Quinquino, Américo e Bassi; Lino, Spartaco, Nani, Henriqueto e Armandinho.

Combinado: Ferreira; Marcondes e Ruanico; Cristóvão, Baiano e Oscar; Raimundo, Gentil, Badú, Damaso e Juá.

Local: Estádio do Prado Mineiro, em Belo Horizonte (MG). Data: 3/4/1921
Árbitro: Hermeto Júnior (América FC)
Gols: Nani aos 16 minutos do primeiro tempo e aos 7 minutos do segundo tempo.

Em 17 de Abril, a segunda partida, desta feita contra o Atlético. E o primeiro sacode da história do confronto: 3x0 para o Palestra sobre o Galo. O time cresceu de produção, e garantiu-se entre os clubes da 1ª Divisão. Por isso podemos afirmar: DESDE 1921 NA PRIMEIRA DIVISÃO.
Em 1923 é inaugurado o Estádio do Barro Preto, após um empate entre o Palestra e o campeão carioca, o Flamengo, por 3 a 3. A festividade contou com a presença do Cônsul Italiano, Conde Belli de Sardes, e de sua esposa, a Condessa de Provana, dois grandes incentivadores do clube.Em 1925 caiu a cláusula do estatuto que restringia a participação de pessoas de origem italiana.
O primeiro tricampeonato foi conseguido entre 28-30, que consolidou o Palestra como clube grande.

De Palestra à Cruzeiro

Em 1942 o Brasil declarou guerra aos países do Eixo (Itália, Alemanha e Japão) e ingressou na 2ª Guerra. O até hoje amado presidente, Getúlio Dorneles Vargas fez um decreto-lei que proibiu uso de termos referentes às nações inimigas. O Clube foi então obrigado a retirar o nome Itália, e mudo-o para Mineiro.
Em setembro do mesmo ano, Ciro Pony, então presidente, convoca reunião para nova alteração no nome. Que foi arbitrariamente mudado para Ypiranga, mas não foi aprovado pelo Conselho.
Assim, em 7 de Outubro, o conselho aprova a sugestão do ex-presidente Oswaldo Pinto Coelho: homenagear o símbolo maior da pátria, a constelação do Cruzeiro do Sul. Então o nome definitivo: CRUZEIRO ESPORTE CLUBE, que adotou as cores azul e branco.


Um time mágico

Em 1965 foi inaugurado o Mineirão, e com ele estava nascendo o maior time que Minas Gerais já teve. O futebol do estado perdeu sua característica provinciana, pois contava com um grande palco do futebol, depois do Maracanã, o maior do Brasil.
No ano seguinte, o Cruzeiro, um time de garotos, chegou à final da Taça Brasil. Até então o maior feito de um clube de Minas Gerais. E na final, em 30 de Novembro de 1966, enfrentaria o Maior Time de Todos os Tempos, o Santos Futebol Clube, Bi campeão da Libertadores e do Mundo (1962/1963) e atual penta-campeão da Taça Brasil (1961/1962/1963/1964/1965). A Raposa não tomou conhecimento, e com raça, categoria, e um toque de bola esfuziante, já na etapa inicial fez algo até então impossível: 5x0 sobre o time de Pelé & Cia.
O maior time que o mundo já vira, estava sendo massacrado em Belo Horizonte, por um time de garotos: Piazza, Dirceu Lopes, Raul, Natal, Tostão, Evaldo & Cia.
Na etapa complementar o Santos esboçou uma reação, mas o Cruzeiro fechou a partida em inacreditáveis 6x2!
Foto do Estado de Minas do confronto no Mineirão entre Raposa e Peixe.

CRUZEIRO ESPORTE CLUBE 6X2 SANTOS FUTEBOL CLUBE

Cruzeiro: Raul; Pedro Paulo, Willian, Procópio e Neco; Piazza, Dirceu Lopes e Tostão; Natal, Evaldo e Hílton Oliveira.
Técnico: Aírton Moreira.

Santos: Gilmar; Carlos Alberto, Mauro, Oberda e Zé Carlos; Zito, Lima e Pelé; Dorval, Toninho e Pepe.
Técnico: Lula.

Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 30/11/1966.
Público: 77.325 pagantes (mais de 100.000 presentes).
Renda: Cr$: 223.314.600,00.
Árbitro: Armando Marques (RJ).
Cartões Vermelhos: Procópio e Pelé.
Gols: Zé Carlos contra a 1 minuto, Natal aos 5, Dirceu Lopes aos 20 e aos 39, e Tostão aos 42 minutos do primeiro tempo. Toninho aos 6 e aos 9, Dirceu Lopes aos 27 minutos do segundo tempo.
Motivo: 1ª Partida da final da Taça Brasil 1966.

Após o jogo, um repórter colocou uma coroa sobre a cabeça de Tostão, e no dia seguinte, juntamente com a foto, a manchete: "O Novo Rei".

Time campeão da Taça Brasil de 1966.

A partida de volta da final, foi realizada em São Paulo, no Pacaembu. Ofendido pela humilhante goleada em Belo Horizonte, com fome de bola, o Rei Pelé esforçava-se como nunca, e o Santos fez 2x0 na etapa incial.

A Velha Raposa

Felício Brandi foi essencial para a conquista do título.

No intervalo do jogo no Pacaembu, o presidente do Santos, juntamente com o Presidente da FPF procuraram Felício Brandi, então presidente do Cruzeiro, para marcar o jogo desempate, uma vez que uma vitória e uma derrota, independentes do saldo, implicavam numa terceira partida. Foi então que Brandi, negou veementemente e informou aos jogadores que o Santos dava a partida como favas contadas. Os atletas Celestes voltaram ao campo após o intervalo, com uma garra incrível e foram pra cima do Santos. Logo no início do segundo tempo, Tostão desperdiçou um penalty. Mas ao invés de se abater, ele se esforçou ainda mais, deu mais raça, mais suor pelo clube que amava/ama tanto. E numa cobrança de falta, normalmente sem ângulo para o disparo, Tostão bateu na furquilha, um gol sensacional, diminuindo para 1x2. O empate era garantia do título, e o Cruzeiro continuou em cima, e o gol da igualdade surgiu dos pés do baixinho que brilhou muito nas duas finais: Dirceu Lopes Mendes. Mas, o Cruzeiro não se contentou com o empate, e com o time do Santos já batido, deu o tiro de misericórdia, Natal, o Diabo Loiro, fez o terceiro gol, o do título. Em Belo Horizonte, uma comemoração nunca vista antes, um time imbatível havia sofrido duas derrotas, uma delas por uma esplêndida goleada, para os garotos de Minas Gerais.
Assim, Cruzeiro ganhou renome Nacional e Internacional pelos seus feitos nesse ano e consolidou-se como escola de bom futebol, além de ser o primeiro Clube de Minas Gerais a disputar a Copa Libertadores da América, em 1967.

Santos Futebol Clube 2X3 CRUZEIRO ESPORTE CLUBE

Santos: Cláudio; Zé Carlos, Oberdan, Haroldo e Lima; Zito e Mengálvio; Amauri (Dorval), Toninho Guerreiro, Pelé e Edu.
Técnico: Lula.

Cruzeiro: Raul; Pedro Paulo, Willian, Procópio e Neco; Piazza, Dirceu Lopes e Tostão; Natal, Evaldo e Hílton Oliveira.
Técnico: Aírton Moreira.

Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP). Data: 07/12/1966.
Público: Estimativa de 30.000 presentes. Renda: Cr$: 65.142.000,00.
Árbitro: Armando Marques (RJ).
Auxiliares: Germinal Alba (SP) e Antônio Medeiros (SP).
Cartões Vermelhos: Procópio e Pelé.
Gols: Pelé aos 23 e Toninho aos 25 minutos do primeiro tempo. Tostão aos 19, Dirceu Lopes ao 28 e Natal aos 44 minutos do segundo tempo.
Motivo: Jogo de volta da final da Taça Brasil 1966.

A Hegemonia em Minas

A supremacia em Minas Gerais também foi consolidada com os títulos mineiros de 1965/1966/ 1967/1968/1969 (pentacampeonato) e a sequência 1972/1973/1974/1975 e 1977.
Em meio a esse período de espetáculos, veio o título da Copa Libertadores da América pela primeira vez. Com uma campanha sensacional, o Cruzeiro foi atropelando com goleadas notáveis aos adversários, até que chegou à final contra o River Plate da Argentina.
Na primeira Partida, 4x1 para o Cruzeiro em Belo Horizonte, um baile da Raposa sobre os hermanos.

CRUZEIRO ESPORTE CLUBE 4X1 Club Atlético River Plate

Cruzeiro: Raul; Nelinho, Morais, Darci Menezes e Vanderley; Piazza (Valdo), Zé Carlos e Eduardo (Ronaldo) ; Palhinha, Joãozinho e Jairzinho.
Técnico: Zezé Moreira.

River Plate: Fillol (Landaburu); Comelles, Perfumo, Lonardi e H.O.López; J.J.López, Merlo, Sabella; Pedro Gonzáles, Luque, Más.
Técnico: Angel Labruna.

Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 21/07/1976
Público: 58.720 pagantes. Renda: Cr$: 1.633.680,00
Árbitro: Vicente Llobregat (VEN)
Auxiliares: Roque Cerullo (URU) e Edison Pérez (PER).

Gols: Nelinho aos 21, Palhinha aos 29 e aos 40 minutos do primeiro tempo; Más aos 18 e Valdo aos 35 minutos do segundo tempo.)
Cartões Amarelos: Morais, Zé Carlos e Jairzinho (Cruzeiro); Lonardi, Perfumo (River Plate).
Motivo: 1ªPartida da Final da Copa Libertadores da América 1976.

O River foi massacrado em Belo Horizonte, 4x1.

No segundo jogo, 2x1 para o River, em Buenos Aires, em partida de arbitragem totalmente contestável. Jogo típico das armações argentinas, o goleiro Raul foi empurrado com bola e tudo para dentro do gol, e o árbitro validou o lance.

Clube Atlético River Plate 2x1 CRUZEIRO ESPORTE CLUBE

River Plate: Landaburu; Comelles, Perfumo, Passarela e H.O.López (Artico); J.J.López, Merlo, Alonso; Pedro Gonzáles, Luque, Más (Sabella).
Técnico: Angel Labruna.

Cruzeiro: Raul; Nelinho, Morais, Darci Menezes e Vanderley; Piazza, Zé Carlos e Eduardo (Ronaldo) ; Palhinha, Joãozinho e Jairzinho.
Técnico: Zezé Moreira.

Local: Estádio Monumental de Nuñes, em Buenos Aires (ARG). Data: 28/07/1976
Público: 90.000 pagantes.
Árbitro: José Martin Bazán (URU)
Auxiliares: Roque Cerullo (URU) e Edison Pérez (PER).

Gols: J.J.López 10 minutos do 1ºtempo; Palhinha aos 3 e González 31 minutos do 2º tempo.
Motivo: 2ªPartida da Final da Copa Libertadores da América 1976.


Palhinha, em toque sutil, encobre o goleiro Landaburu e faz o gol do Cruzeiro em Buenos Aires.

O terceiro jogo foi marcado para um campo neutro, o Estádio Centenário em Santiago no Chile. No entanto, a torcida chilena estava com os brasileiros.
O Cruzeiro abriu 2x0 com Nelinho e Ronaldo. O River chegou ao empate, com gols polêmicos.Até que aos 42 do segundo tempo, Palhinha sofre uma alavanca na entrada da área. A torcida Celeste, já se preparava para comemorar o gol, pois Nelinho, então o maior cobrador de faltas do mundo, iria bater. Foi aí que nasceu um dos capítulos mais épicos da história do clube, enquanto Nelinho se preparava para cobrar, o ponta esquerda Joãozinho, adiantou-se e bateu de curva no ângulo do goleiro Landaburu, fazendo 3x2 e garantindo o caneco.

CRUZEIRO ESPORTE CLUBE 3X2 Club Atlético River Plate

Cruzeiro: Raul; Nelinho, Morais, Darci Menezes e Vanderley; Piazza (Valdo), Zé Carlos e Eduardo; Palhinha, Joãozinho e Ronaldo.
Técnico: Zezé Moreira.

River Plate: Landaburu; Comelles, Lonardi, Artico e Urquiza; Merlo, Sabella e Alonso; Pedro Gonzáles, Luque, Más (Crespo).
Técnico: Angel Labruna.

Local: Estádio Nacional, em Santiago (CHI). Data: 30/07/1976
Público: 35.182 pagantes. Renda: Cr$: 653.331,00.
Árbitro: Alberto Martínez (CHI)
Auxiliares: Roque Cerullo (URU) e Edison Pérez (PER).

Gols: Nelinho aos 24 minutos do primeiro tempo. Ronaldo aos 10, Más aos 14, Urquiza aos 19 e Joãozinho aos 43 minutos do 2ºtempo.
Cartão Vermelho: Ronaldo (Cruzeiro) e Alonso (River Plate).
Motivo: 3ªPartida da Final da Copa Libertadores da América 1976.

Jogadores do Cruzeiro erguem a Taça Libertadores da América.

Campeões da América em 1976

A Raposa, foi o segundo clube brasileiro a conquistar a América, e ganhou o direito de disputar o mundial contra o Bayern de Munique, base da Seleção Alemã campeã do Mundo em 1974, com Seep Mayer, Beckenbauer, Gerd Müller & Cia. Debaixo de neve, os alemães venceram por 2x0 em Munique, e em Belo Horizonte, seguraram o 0x0 e ficaram com a taça.
Além do poderoso Bayern, o Cruzeiro enfrentou a neve, quando jogou o mundial na Alemanha.

A Rivalidade com o Colorado Gaúcho

Foi na década de 70 que nasceu a rivalidade com o Internacional de Porto Alegre, com quem decidimos a Copa Brasil (Atual Campeonato Brasileiro) de 1975 e que enfrentamos na primeira fase da Libertadores 76. Além de terem duelado nos quadrangulares finais dos brasileiros 1973/1974.

A década perdida

A década de 80, foi marcada pelos péssimos resultados do Cruzeiro. Atolada em dívidas, a Raposa contou com poucos times respeitáveis. Ganhou apenas os campeonatos mineiros de 84 e 87. Chegou às semifinais dos Brasileiros de 1987 e 1989 e foi só. Mas com um choque de gestão, as coisas começaram a mudar, e o reflexo se deu nos anos 90.
Time Campeão Estadual em 1984, uma das poucas alegrias desta década.

A década das taças

Com os anos 90, chegaram os anos de prosperidade. Iniciou-se com o título mineiro de 1990, gol de Careca, na vitória por 1x0 contra os Galináceos.
Os times de 1991/1992 estiveram entre os mais espetaculares da década do Cruzeiro. Com um futebol muito ofensivo, a Raposa arrebatou por duas vezes a Supercopa dos Campeões da Copa Libertadores da América.

Em 1991, mais uma vez enfrentou o River Plate da Argentina. Derrota por 2x0 em Buenos Aires, e no jogo de volta, com um show de Mário Tilico, 3x0 para o time Celeste.
Campeões da Supercopa Libertadores 1991.

Em 1992, com Renato Gaúcho inspirado, o Cruzeiro goleou o Racing por 4x0 em BH, e perdeu por 1x0 em Avellaneda, ficando com a Taça.

Em 1993, o primeiro título da Copa do Brasil, ao vencer o Grêmio por 2x1 em Belo Horizonte, e uma vez que empatou por 0x0 no Estádio Olímpico Monumental, acabou campeão.
Em 1994, com um show de Ronaldo Fenômeno sobre o Galo, o Cruzeiro foi campeão Mineiro. Ronaldo aplicou uma sequência de dribles desconcertantes sobre o zagueiro atleticano Kanapkis, deixando-o caído no chão, implicando na demissão do jogador atleticano no dia seguinte.
Em 1995, o Cruzeiro aumentou a sua lista de títulos Internacionais. Ganhou a Copa Master da Supercopa e a Copa Ouro.
Em 1996, além do título mineiro, o Cruzeiro chegou à final da Copa do Brasil contra o Palmeiras. O time paulistano, contava com o esquadrão de melhor ataque da história do campeonato Paulista, tinha jogadores excepcionais como: Rivaldo, Djalminha, Velloso e outros mais. Em Belo Horizonte, empate por 1x1 e no Palestra Itália, o Palmeiras abriu 1x0 logo aos 5. Mesmo antes da partida, os paulistanos e a imprensa paulista já comemoravam o título, visto que, antes do término da partida, 1 milhão de pôsteres do Palmeiras como campeão já haviam sido impressos. Foi então que o Cruzeiro com muita raça, e muito bem armado táticamente pelo técnico Levir Culpi, virou a partida com gols de Roberto Gaúcho e Marcelo Ramos.

A América aos pés do Cruzeiro, mais uma vez

Em 1997, o bi campeonato da Copa Libertadores da América, título marcado pela superação. O Cruzeiro perdeu as 3 primeiras partidas da fase de grupos, mas conseguiu com muita luta, a classificação para o mata-mata. Com excelentes atuações de Dida, o Cruzeiro passou pelas Oitavas-de-final e pelas semi-finais após disputas por cobranças de penaltys. Na finalíssima, coube ao Cruzeiro enfrentar o Sporting Cristal do Peru, empate em 0x0 em Lima e vitória na vontade, por 1x0 em Belo Horizonte, em 13 de Agosto de 1997.

Marcelo Ramos tenta, mas Elivélton foi quem fez o gol do título.

Coube a Wilson Gottardo levantar o caneco de Campeão da América.

CRUZEIRO ESPORTE CLUBE 1X0 Club Sporting Cristal

Cruzeiro: Dida; Vítor, Gelson Baresi, Wilson Gottardo e Nonato; Donizete Oliveira, Fabinho, Ricardinho (da Silva) e Palhinha; Marcelo Ramos e Elivélton.
Técnico : Paulo Autuori.

Sporting Cristal - Balério; Rivero, Marenga, Astegianno e Solano; Jorge Soto, Torres (Serrano), Garay e Amoako (Carmona); Julinho e Bonnet (Habrahanshon).
Técnico : Sérgio Markarián.

Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 13/08/1997.
Público: 95.472 pagantes. Renda: R$: 888.072,50.
Arbitro : Javier Castrilli (ARG)
Gol : Elivélton aos 30 minutos do segundo tempo.
Motivo: 2ªPartida da Final da Copa Libertadores da América 1997.

Em 1999, o título da Recopa Sul-Americana 1998. Com vitórias novamente sobre o River Plate, 2x0 em Belo Horizonte, e um massacre no Monumental de Nuñez, 3x0.

Um teste pra cardíaco

No ano 2000, a final da Copa do Brasil. São Paulo e Cruzeiro empataram por 0x0 no Morumbi. No Mineirão, o Tricolor Paulista saiu na frente com um gol de falta no segundo tempo. Até que o Cruzeiro inflamado pela torcida conseguiu o empate com Fábio Jr, mesmo assim, era insuficiente para o título. No entanto, numa bola atrasada para a defesa do São Paulo, o garoto Giovanni, correu mais que o beque e tomou a bola, sairia cara a cara com Rogério Ceni, mas foi agarrado por Rogério Pinheiro, que foi devidamente expulso. Na cobrança da falta, Ricardinho deixou para o garoto Giovanni bater, Müller o aconselhou a bater forte e rasteiro. Foi então que Giovanni mandou o foguete, a bola passou pela barreira paulista e foi para o fundo do gol. O gol mais emocionante que muitos já presenciaram. Logo após a saída de bola, por pouco o São Paulo não empatou. Uma cabeçada à queima roupa depois do lançamento à área, e André operou o milagre, no rebote, Clébão chutou pra frente rechaçando o perigo e garantindo o troféu.

Os campeões da Copa do Brasil de 2000.

Em 2001/2002 os títulos da Sul-Minas, ambos conquistados contra equipes paranaenses, em 2001 vitórias sobre o Coxa por 2x0 no Alto da Glória e 3x0 no Mineirão. No ano seguinte, vitória sobre o Atlético Paranaense por 2x1 em Curitiba e em Belo Horizonte, mais um triunfo, 1x0, gol histórico de Juan Pablo Sorín.
A Tríplice Coroa

Em 2003, o Cruzeiro conseguiu um feito inigualável, o de ganhar no mesmo ano, o Estadual, a Copa do Brasil, e o Campeonato Brasileiro.
Na Copa do Brasil, confronto contra o Flamengo. Diferentemente do time de Lourdes, o Cruzeiro não treme ao ver a camisa Rubro Negra, o que acontece é o oposto. O Cruzeiro que nunca sofreu um gol de Zico, se impôs e jogou muito melhor que o Flamengo nas duas finais. Na primeira partida, uma obra de arte de Alex, o Talento Azul, marcou de letra no Maracanã, abrindo o marcador. O Flamengo, ajudado por Simon, chegou ao empate depois que os acréscimos já haviam acabado.
Em Belo Horizonte, o Cruzeiro sufocou o Flamengo. Logo a um minuto, falta na meia canhota, Alex ergueu para a área, e sem sequer saltar do chão, Deivid escorou de cabeça para a meta do Urubu.
Alex novamente cobrou falta aos 16 minutos, e o colombiano baixinho, Aristizábal, cabeceou para o fundo do filó do Flamengo, 2x0.
Numa falta na ponta direita, Alex tocou para Aristizábal, que devolveu ao Camisa 10, este cruzou para a área e Luizão colheu a cabeçada, uma chifrada para fazer 3x0, e a partir daí, administramos o jogo, que terminou 3x1, e garantimos o tetra.

CRUZEIRO ESPORTE CLUBE 3X1 Clube de Regatas Flamengo

Cruzeiro: Gomes; Maurinho, Luisão, Gladstone e Leandro; Augusto Recife, Jardel, Wendell (Márcio) e Alex (Sandro); Deivid e Aristizábal (Mota).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Júio César; Luciano, André Bahia, Fernando e Athirson; Fabinho, André Gomes (Igor), Fábio Baiano (Jean) e Felipe; Fernando Baiano e Edílson.
Técnico: Nelsinho Baptista.

Local: Estádio Mineirão em Belo Horizonte (MG). Data: 11/06/2003.
Público: 79.614 pagantes (81.310 presentes). Renda: R$: 700.626,00.
Árbitro: Paulo César de Oliveira (FIFA-SP)
Auxiliares: Válter José dos Reis (FIFA-SP) e Ednilson Corona (SP).

Gols: Deivid a 1, Aristizábal aos 15, Luisão, aos 28 minutos do 1º tempo. Fernando Baiano, 18 minutos do 2º tempo.
Motivo: 2ªPartida da Final da Copa do Brasil 2003.

No Campeonato Brasileiro, o primeiro Brasileiro dos chamados "pontos corridos", o Cruzeiro passeou. Com Alex, Maurinho, Deivid, Aristizábal, Maldonado & Cia sob a batuta de Vanderlei Luxemburgo, jogando o fino da bola, o Cruzeiro foi campeão com um pé nas costas. Foi campeão com 13 pontos de vantagem sobre o Santos. De quebra, teve até então o melhor ataque da história da Competição (102 gols), que foi superado pelo Santos em 2004 (103). Foi o time que mais venceu na história do Brasileirão (31 vitórias), teve a 2ª melhor defesa (sofreu 47 gols), foi o time que mais fez pontos na história do Campeonato (100). O próprio Santos, vice-campeão, perdeu na Vila mais famosa do mundo por 2x0 e tomou um baile no Mineirão, 3x0, em tarde inspirada de Aristizábal e que o técnico Emerson Leão nos proporcionou mais um de seus xiliques.
O jogo do título veio após uma partida contra o Paysandu, válida pela 44ª Rodada, no Mineirão, gols de Zinho (que substituiu Alex, suspenso pelo terceiro cartão na vitória contra o Paraná Clube, no Durival de Brito por 3x1 na rodada anterior) e Mota, o "Cearense Arretado".

CRUZEIRO ESPORTE CLUBE 2X1 Paysandu Sport Clube

Cruzeiro: Gome; Maurinho, Cris, Edu Dracena e Leandro; Augusto Recife (Felipe Melo), Maldonado, Wendel (Sandro) e Zinho; Aristizábal e Márcio Nobre (Mota).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Paysandu: Carlos Germano; Lecheva, Lima, Jorginho, Souza; Vanderson, Sandro, Vélber (Junior Amorin) e Magnun; Aldrovani e Jóbson (Alexandre Pinheiro).
Técnico: Ivo Worthmann.

Local: Estádio Mineirão em Belo Horizonte (MG). Data: 30/11/2003.
Público: 73.141 pagantes. Renda: R$: 827.201,00.
Árbitro: Héber Roberto Lopes (PR).
Auxiliares: Roberto Braatz (PR) e Altemar Roberto Domingues (PR).
Motivo: 44ª Rodada do Campeonato Brasileiro Série A 2003.


Pós 2003, o Cruzeiro ganhou os Campeonatos Mineiros de 2004, ao vencer a primeira final contra o Atlético-MG por 3x1 e perder a segunda por 1x0.
2006, ao empatar com o Ipatinga por 1x1 em BH, e vencer por 1x0 no Vale do Aço.

Bicampeonato 2008/2009, conquistados de forma especial.

Em 2008, ano do centenário do Atlético. E como não poderia ser diferente, sua torcida enxergava craques em jogadores medíocres, ato condizente com um clube tão minúsculo como o Galo. Mesmo disputando o Rural (como costuma dizer Zezé Perrela) com os reservas, o Cruzeiro se classificou em primeiro lugar, e jogaria por 2 empates ou vitória e derrota pelo mesmo saldo.
Mas a Máquina Azul não quis saber de brincadeira, logo na primeira partida, massacrou o Atlético, 5x0 no Mineirão.
Na partida de volta, mais uma vitória, 1x0, gol de cabeça do boliviano, Marcelo Moreno.
Em 2009, com mais uma vitória sobre o Galo, por 2x1, na primeira fase, o presidente aleticano, revoltou-se contra a arbitragem, tentando esconder o fato que o placar era pra ter sido uma goleada do Cruzeiro. Os jogadores se dedicaram especialmente no confronto seguinte contra os penosos, e furiosamente goleamos mais uma vez, pelo mesmo placar de 2008. E pra melhorar, Kléber repetiu o que fez Paulinho McLaren em 1996, depois de fazer o gol, imitou uma galinha. Deixando os cacarejantes revoltados. Com o empate em 1x1 na segunda partida, o Maior Clube de Minas Gerais levou o troféu mais uma vez.

CRUZEIRO ESPORTE CLUBE 5X0 Clube Atlético Mineiro

Cruzeiro: Fábio; Jonathan, Léo Fortunato, Leonardo Silva e Gérson Magrão; Fabrício (Henrique), Marquinhos Paraná, Ramires e Wágner; Kléber (Wellington Paulista) e Thiago Ribeiro (Soares).

Atlético: Juninho; Werley (Marcos Rocha), Leandro Almeida, Marcos e Júnior; Renan, Rafael Miranda, Carlos Alberto e Márcio Araújo (Kléber); Lopes (Chiquinho) e Diego Tardelli
Técnico: Emerson Leão

Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 26/04/2009.
Público: 47.489 pagantes. Renda: R$ 1.078.742,50.
Árbitro: Paulo César de Oliveira (SP)
Auxiliares: Roberto Brattz (PR) e Maria Eliza Barbosa (SP).

Gols: Kléber, aos 39 minutos do primeiro tempo; Leonardo Silva, aos 10 e aos 16, Jonathan, aos 33 e aos 41 minutos do segundo tempo.
Cartões Amarelos: Gérson Magrão, Leonardo Silva, Kléber, Wellington Paulista (Cruzeiro); Werley, Renan, Leandro Almeida (Atlético-MG)
Cartões Vermelhos: Renan, Leandro Almeida (Atlético-MG); Ramires (Cruzeiro).
Motivo: 1ªPartida da Final do Campeonato Mineiro 2009.

Torcida fez sua parte na partida
Campeões 2009


O sangue italiano fez a diferença

Após o Minerazzo, em 15 de julho, o Cruzeiro parecia que não teria forças para reagir no Campeonato Brasileiro. No entanto, buscou forças na sua origem italiana, e apoiado por sua torcida, como um rolo compressor, atingiu a reação. Mesmo tendo jogado 11 rodadas do Campeonato Brasileiro com os reservas, o Cruzeiro terminou o certame, como 4º colocado, e ganhou o direito de participar mais uma vez da Copa Libertadores da América. O jogo da classificação foi dramático, contra o velho rival, o Santos na Vila Belmiro. Mesmo jogando grande parte do segundo tempo com um a menos, o Cruzeiro superou as adversidades, e com um gol salvador de Kléber, já aos 30 do segundo tempo, atendeu o clamor da América por sua volta ao maior torneio continental.

Títulos

Copa Libertadores da América 1976/1997
Supercopa dos Campeões da Copa Libertadores da América 1991/1992
Recopa Sul-Americana 1998
Copa Master da Supercopa 1995
Copa Ouro 1995

Taça Brasil 1966
Campeonato Brasileiro 2003
Copa do Brasil 1993/1996/2000/2003
Copa Sul-Minas 2001/2002
Copa Centro-Oeste 1999

Campeonato Mineiro 1926/1928/1929/1930/1940/1943/1944/1945/1956/1959/ 1960/1961/ 1965/1966/1967/1968/1969/1972/1973/1974/1975/1977/1984/1987/
1990/ 1992/ 1994/1996/ 1998/2003/2004/2006/2008/2009
Supercampeonato Mineiro 2002
Taça Minas Gerais 1973/1982/1983/1984/1985

Copa dos Campeões Mineiros 1999
Copa Belo Horizonte 1960
Torneio Início 1926/1927/1929/1938/1940/1941/1943/1944/1948/1966

Torneios Diversos:

Torneio Dante Alighieri (MG) 1921
Torneio Imprensa (MG) 1927
Torneio Otacílio Negrão de Lima (MG) 1936
Torneio Triangular (MG) 1950
Torneio Minotti Mucelli (MG) 1952
Torneio de Ponte Nova (MG) 1954
Torneio Afonso Rabelo (MG) 1961
Taça Guilherme de Oliveira (DF) 1964
Torneio de Barbacena (MG) 1964/1965
Torneio Mário Coutinho (MG) 1965
Torneio do Bispo (MG) 1965
Torneio Natalino Triginelli (MG) 1965
Torneio do Governador (BA) 1971
Taça Juiz de Fora (MG) 1985
Troféu Wilson Piazza (RS/MG) 1993

Torneios Internacionais:

Torneio de Caracas (Venezuela) 1970/1977
Torneio 11 de Outubro (Panamá) 1971
Taça Miller (EUA) 1972/1973
Torneio de Coruña (Espanha) 1975
Taça Independência (EUA) 1978
Torneio de Vigo (Espanha) 1978
Torneio de Lagos (Nigéria) 1980
Torneio de Valladolid (Espanha) 1982
Torneio de Santander (Espanha) 1982
Torneio 20 Anos do Mineirão (Brasil) 1985
Torneio de Pamplona (Espanha) 1986
Torneio de Alicante (Espanha) 1986
Copa Tóquio Dome (Japão) 1994
Copa do Imperador (Japão) 1996
Torneio do México (México) 2001
Torneio de Verão (Uruguai) 2009

Curiosidades:

Na campanha do Estadual de 1928, o Palestra obteve uma média de 6,5 gols/partida, fez 85 tentos em 13 embates.

Em 1929 completou 3 anos de invencibilidade contra o Coelho e 2 contra o Galo.

O atacante Ninão obteve média de 1,41 gols por jogo em 1931.

Em 1931, Nininho e Ninão foram comprados pela Lázio junto ao Palestra Itália, primeiros jogadores brasileiros contratados pelo futebol europeu.

Niginho, atacante do Palestra Itália, foi o primeiro jogador de um clube mineiro convocado à Seleção Brasileira, isto ocorreu em 1936, na disputa do Sul-Americano de Seleções.

Tostão, do Cruzeiro, foi o primeiro jogador de um clube de MG, a disputar uma Copa do Mundo, em 1966.

Em 1966, Dirceu Lopes fez o segundo gol do Cruzeiro, que empatava com o Cruz Azul do México. No entanto, devido à tamanha beleza do gol, o jogo teve de ser encerrado, pois a torcida adversária invadiu o campo para disputar sua camisa.

O primeiro campo de grama sintética da história foi inaugurado em 1967, num jogo do Cruzeiro, em Washington nos EUA.

O Cruzeiro obteve o recorde nacional de invencibilidade em estaduais: 70 partidas, no período 1967-1970. A Taça dos invictos foi recebida ainda em 1967, quando ultrapassou a marca do Atlético, de 22 jogos.

Em 1967, o Cruzeiro tinha, nada mais, nada menos, que 7 jogadores na Seleção Canarinho.

Em 1968, utilizando a camisa do Brasil, o time do Cruzeiro bateu a Argentina por 3x2 no Mineirão.

No período 1965-1969, no qual foi campeão Mineiro, o Cruzeiro aplicou 48 goleadas.

O Cruzeiro cedeu 3 jogadores à maior Seleção Brasileira, a melhor de todos os tempos, a de 1970, que ganhou o tricampeonato no México. Foram cedidos: Tostão (titular), Piazza (titular) e Fontana.

O time do Cruzeiro vice-campeão brasileiro de 1974, jogou todo o certame sem receber salários.

O lendário Raul, que atuou no Cruzeiro entre 1966-1978, nunca sofreu um gol de penalty do Atlético, em 5 cobranças, defendeu 4 e uma foi desperdiçada.

A FIFA, convidou o Cruzeiro para jogar na África em 1980, para ajudar a difundir o futebol.

A concentração da Seleção Brasileira para as Copas do Mundo de 1982/1986 ocorreu na Toca da Raposa I, CT referência do futebol brasileiro à época.

O Cruzeiro, juntamente com Flamengo e Internacional, está no seleto grupo dos times que disputaram todas as edições do Campeonato Brasileiro.

O Cruzeiro foi eleito em 2009, pela IFHS, órgão reconhecido pela FIFA, o Maior Clube Brasileiro do Século XX.

Com a participação em 2010, o Cruzeiro somará 12 disputas da Copa Libertadores da América, consolidando-se ao lado do Grêmio, como o 3º brasileiro que mais disputou.

3ºClube Brasileiro, que mais venceu partidas pelo Campeonato Brasileiro (432); 3º que fez mais pontos (1402); 2ºTime que fez mais gols (1481).

Hoje, a Conmebol divulgou o seu ranking anual, e o Cruzeiro é o melhor brasileiro, e quarto colocado geral, atrás de LDU-EQU, Estudiantes-ARG e Universidad Chile-CHI.

Ídolos

Raul
Procópio
Piazza
Tostão
Dirceu Lopes
Natal
Evaldo
Nelinho
Zé Carlos
Eduardo
Palhinha
Jairzinho
Joãozinho
Paulo César Borges
Mário Tilico
Renato Gaúcho
Marcelo Ramos
Dida
Ricardinho
Fábio Junior
Alex Alves
Sorín
Müller
Gomes
Maurinho
Cris
Edu Dracena
Alex
Aristizábal
Fred
Fábio
Ramires

Técnicos que fizeram história:


Aírton Moreira
Zezé Moreira
Aymoré Moreira
Yustrich
Carlos Alberto Silva
Procópio Cardoso Neto
Ênio Andrade
Levir Culpi
Paulo Autuori
Luiz Felipe Scolari
Vanderlei Luxemburgo
Adílson Batista

Nosso querido Cruzeiro completa hoje 90 anos, de muitas vitórias memóraveis, títulos inesquecíveis, glórias invejáveis, é verdade que também existem algumas lamentações. Mas estas, são sufocadas pelo sabor das vitórias que acumulamos em tantos anos.
O Cruzeiro é um clube marcado pela superação, pois diferentemente de Atlético e América, não recebeu ajuda do governo para crescer. E é isto que faz dele tão forte, tão grande, tão imponente, tão Cruzeiro. A capacidade de crescer com as próprias pernas, fez da Raposa, experiente e preparada para superar adversidades.
E foi com superação e supremacia que vencemos o Santos de Pelé em 66 por meia dúzia de gols no Mineirão e ganhamos a Taça Brasil.
E foi com superação que chegamos à final do brasileiro contra o Vasco em 74, sem receber salários, que só perdemos por causa do juíz e da CBD.
E foi com superação que Piazza jogou machucado a finalíssima contra o River na Libertadores 1976.
E foi com superação que Revétria, fez 4 gols em 2 jogos contra o Atlético, quando batemos o maior time da história do Galo, o de 1977.
E foi com superação que ganhamos o Rural de 84, por 4x0 e quebramos a sequência do Atlético que era hexa.
E foi com superação que ganhamos a Copa do Brasil em 96 contra o esquadrão do Palmeiras no Palestra.
E foi com superação que fomos Campeões da América em 1997.
E foi com superação que ganhamos a Copa do Brasil em 2000, contra o São Paulo no Mineirão, aos 46 do segundo tempo.
E foi com superação que nos classificamos para a Copa Libertadores da América deste ano.
O Cruzeiro tem tradição em superação, luta, garra, entrega, que os jogadores busquem forças em nossas raízes para que o Tricampeonato da América não nos esvaeça este ano.
O Cruzeiro é um amor sem limites, que transcende a realidade. É a nossa alma, pois sem eles não sobrevivemos. É como o ar que respiramos, é como a mulher amada, é como o alimento que nos sustenta, é como o abraço que nos alenta, pois é simplesmente imprescindível, é simplesmente o Cruzeiro.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. CRUZEIRO ATÈ MORRER, POR ISSO Q TENHU ORGULHO DE SER CRUZEIRENCE, PELA GARRA, ESFORÇO, DETERMINAÇAO, CRUZEIRO ETERNAMENTE....

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