CRUZEIRO ESPORTE CLUBE 1x0 Sport Club Corinthians Paulista
Cruzeiro: Fábio, Edcarlos, Gil e Cláudio Caçapa; Jonathan, Marquinhos Paraná, Henrique, Montillo (Roger) e Everton (Pablo); Wellington Paulista e Robert (Wallyson).
Téc.: Cuca.
Corinthians: Julio Cesar, Alessandro, Chicão, Paulo André e Roberto Carlos (Paulinho); Ralf, Jucilei, Elias e Bruno César (William Morais); Jorge Henrique e Iarley (Souza).
Téc.: Adílson Batista.
Gols: Montillo, aos dois minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Everton, Edcarlos, Cláudio Caçapa, Wellington Paulista, Henrique, Gil (Cruzeiro); Chicão, Alessandro, Jorge Henrique, Souza (Corinthians).
Público: 37.377 pagantes. Renda: R$: Não fornecida.
Local: Parque do Sabiá, em Uberlândia (MG). Data: 25/08/2010.
Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF).
Auxiliares: Enio Ferreira de Carvalho (DF) e Cesar Augusto de Oliveira Vaz (RS).
Motivo: 16ªRodada do Campeonato Brasileiro Série A.
No reencontro da torcida Celeste, com o cruzeirense Adílson Batista, a Raposa levou a melhor sobre o Mosqueteiro em Uberlândia.
Com grande público, o Parque do Sabiá foi excelente casa para o Cruzeiro, "o nômade". Contando também com boa presença da torcida alvi-negra, Cruzeiro e Corinthians entraram em campo para mais uma partida pelo Campeonato Brasileiro.
No Cruzeiro, uma surpresa, 3 beques e 3 volantes, e sem lateral esquerdo de origem, pois Diego Renan ficou no banco. A decisão de Cuca, em deixar o jovem ala no banco foi acertada, uma vez que este pouco havia produzido nos últimos jogos. Renan vinha atuando pela lateral, mas sem chegar de forma incisiva ao ataque, e deixando espaços às costas. No seu posto, entrou o volante Everton.
O Cruzeiro entrou em campo extramente defensivo, pois Wellington Paulista também voltava para auxiliar na marcação. Com a bola rolando, o Corinthians tomou a iniciativa, e o Cruzeiro bem plantado em sua defesa, esperando o contra-golpe.
Na primeira investida Celeste, Robert recebeu a pelota pela esquerda, cruzou de perna esquerda, para Wellington Paulista, que estava na pequena área, mas antes que ele fuzilasse a meta paulistana, o beque corinthiano pôs a corner.
Montillo bateu o esquinado no quarto de círculo localizado na extrema canhota, e a defesa fez o primeiro rechaço. Caçapa apanhou o rebote pela ponta direita, e jogou para a área, Edcarlos esforçou-se e tocou de cabeça para trás, perto da linha lateral esquerda da área, onde Montillo esperava. O argentino não pensou duas vezes, e mandou de primeira, um cacete para a meta de Júlio César, uma bomba de perna direita, cruzada, que passou pelo arqueiro e foi beijar as malhas da cidadela alvi-negra, o primeiro gol do armador com o manto Azul-estrelado, logo a 3 minutos de peleja. Delírio nas arquibancadas do Parque do Sabiá.
Adílson Batista, logo no início do jogo, enxergou a deficiência de marcação do Cruzeiro pela lateral esquerda, e orientou seu time para atacar pela direita. E num rápido ataque pela direita, Jucilei cruzou para a área e Everton desviou com o braço. O árbitro acertada e imediatamente apontou para a marca da cal. Bruno César, ajeitou a menina na marca do penalty, e disparou de perna direita, mas debaixo da meta estava o melhor goleiro do Brasil, Fábio, com os pés, defendeu a penalidade, e a zaga tirou a bola da área.
A partir daí, uma pressão corinthiana, contra o ferrolho Celeste, armado por Cuca. A defesa celeste, bem postada com 3 zagueiros, conseguia resistir bravamente às investidas corinthianas, com Edcarlos, Caçapa na sobra e Gil. A meiúca Azul segurava bem as investidas do Corinthians, através de Bruno César e Jucilei, contudo, Paraná, Henrique e Montillo não conseguiram criar grandes oportunidades. O esquema montado por Cuca, visava atrair o Corinthians para o seu campo, roubar a bola e sair em rápido contra-ataque. No entanto, nas oportunidades que surgiram, o time pecou no último passe.
O Corinthians, jogava como se estivesse no Pacaembu, impondo-se à equipe mineira, mas não conseguia forçar Fábio a fazer grandes defesas. Seu domínio era apenas na posse de bola e territorial, mas nada eficiente.
Jonathan apareceu pouco para o jogo, e Wellington Paulista atuou fora da área quase o tempo todo. Assim o Cruzeiro deixava de segurar a bola no ataque, e entregava de bandeja para o Corinthians.
O Cruzeiro ainda teve algumas boas chances, com chutes de Wellington Paulista e de Robert, mas o goleiro Júlio César defendeu bem e sem maiores perigos.
Aos 38, Bruno César bateu corner na extrema esquerda, e Paulo André testou para a meta cruzeirense, carimbando o ferro.
Na etapa complementar, o Cruzeiro adotou a mesma postura. E teve a sua grande chance de ampliar aos 50 segundos, Everton recebeu pela esquerda e cruzou para a boca da meta, onde esperavam Robert e Wellington Paulista, que chegaram atrasados e não conseguiram colocar a menina para dentro do gol.
O Corinthians retomou as rédeas da partida, mas continuava ineficiente. Tentava pelo meio, e lá estavam Paraná e Henrique para efetuar o corte. Se tentavam pela lateral, Jonathan e Everton, juntamente com os beques efetuavam o rechaço, e se cruzavam para a área, aparecia o experiente Caçapa, e cabeceava para afastar o perigo.
Montillo recebeu poucas bolas no jogo, mas quando recebeu, segurou-a no ataque e serviu bem aos companheiros. Efetuou bons dribles, demonstrou raça e fez com que o time se mantivesse com a bola no campo inimigo.
E o jogo seguiu no mesmo patamar do primeiro tempo: o Corinthians tentando sem maiores perigos, e o Cruzeiro plantado atrás e se defendendo, sem maiores sustos.
Aos 43, o Cruzeiro teve a chance de dar o tiro de misericórdia, Roger, que havia entradado no posto de Montillo, tocou na ponta esquerda para Wallyson (que entrou no posto de Robert) e este chutou para o gol com força, mas o goleiro Júlio César evitou o gol.
Coube ao Cruzeiro segurar o ímpeto corinthiano por mais alguns minutos, e ao apito final do árbitro do Distrito Federal, finalmente voltar a conquistar três pontos.
Pelo resultado, o jogo foi ótimo. A Raposa enfrentou uma das melhores equipes do país, recheada de bons jogadores e com um treinador inteligente. Todavia, o futebol está longe do ideal.
O Cruzeiro mostrou uma postura bastante ofensiva contra o Atlético-PR e contra o Fluminense, contra este, apresentou um belíssimo futebol, apesar da derrota.
Cuca ainda terá muito trabalho pela frente, se ainda aspira lutar pelo título.
Saluti Celesti.